OMS classifica EG.5 como 'variante de interesse' da Covid-19
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Por Gabrielle Tétrault-Farber e Leroy Leo
A Organização Mundial da Saúde classificou nesta quarta-feira a cepa de coronavírus EG.5 que circula nos Estados Unidos e na China como uma 'variante de interesse', mas disse que não parece representar uma ameaça maior à saúde pública do que outras variantes.
A variante de rápida propagação, a mais prevalente nos Estados Unidos, com uma estimativa de mais de 17% dos casos, está por trás do aumento do vírus em todo o país e também foi detectada na China, Coreia do Sul, Japão e Canadá, entre outros países.
'Coletivamente, as evidências disponíveis não sugerem que a EG.5 tenha riscos adicionais à saúde pública em relação às outras linhagens descendentes da Ômicron atualmente em circulação', disse a OMS em uma avaliação de risco.
Uma avaliação mais abrangente do risco representado pela EG.5 é necessária, acrescentou.
A Covid-19 matou mais de 6,9 milhões de pessoas em todo o mundo, com mais de 768 milhões de casos confirmados desde que o vírus surgiu. A OMS declarou o surto uma pandemia em março de 2020 e encerrou o status de emergência global para Covid-19 em maio deste ano.
Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, disse que a EG.5 tem uma transmissibilidade aumentada, mas não é mais grave do que outras variantes da Ômicron.
“Não detectamos uma mudança na gravidade da EG.5 em comparação com outras sublinhagens da Ômicron que estão em circulação desde o final de 2021”, afirmou ela.
O diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus lamentou que muitos países não estejam relatando dados da Covid-19 à OMS.
Ele disse que apenas 11% relataram hospitalizações e internações em UTI relacionadas ao vírus.
Em resposta, a OMS emitiu um conjunto de recomendações para Covid, nas quais instou os países a continuarem relatando dados da Covid, particularmente de mortalidade e de morbidade, e continuar oferecendo vacinação.
Van Kerkhove afirmou que a ausência de dados de muitos países está dificultando os esforços para combater o vírus.
'Cerca de um ano atrás, estávamos em uma situação muito melhor para antecipar ou agir ou ser mais ágil', disse ela. 'E agora o atraso em nossa capacidade de fazer isso está crescendo. E nossa capacidade de fazer isso está diminuindo.'
(Reportagem de Leroy Leo em Bengaluru e Gabrielle Tétrault-Farber em Genebra)
Escrito por Reuters
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