ONU pede que Israel encerre apoio a ataques de colonos na Cisjordânia
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GENEBRA (Reuters) - O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas pediu a Israel nesta terça-feira que interrompa seu apoio aos ataques de colonos na Cisjordânia ocupada, que tem visto um aumento de ações de Israel desde o ataque de 7 de outubro liderado pelo Hamas.
O pedido foi feito um dia depois que colonos israelenses mataram a tiros dois palestinos na Cisjordânia, depois que as forças israelenses mataram um adolescente palestino durante um ataque militar.
'Israel, como potência ocupante, deve tomar todas as medidas ao seu alcance para restaurar e garantir, na medida do possível, a ordem pública e a segurança na Cisjordânia ocupada', disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
'Essa obrigação inclui a proteção dos palestinos contra os ataques dos colonos e o fim do uso ilegal da força contra os palestinos pelas Forças de Segurança de Israel.'
Ela acrescentou: 'As Forças de Segurança de Israel devem encerrar imediatamente sua participação ativa e o apoio aos ataques dos colonos contra os palestinos'.
A violência na Cisjordânia já estava aumentando antes do ataque de Israel a Gaza, que foi desencadeado por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. Desde então, ela aumentou, com ataques militares israelenses mais intensos, violência de colonos e ataques palestinos nas ruas.
Shamdasani descreveu a escalada da violência na Cisjordânia como 'uma questão de grande preocupação'.
Além dos mais de 33.000 palestinos mortos por Israel em Gaza, de acordo com as autoridades locais, o Ministério da Saúde palestino afirma que pelo menos 466 pessoas na Cisjordânia foram mortas pelas forças israelenses ou por colonos.
(Reportagem de Gabrielle Tétrault-Farber)
Escrito por Reuters
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