Orbán diz que convidará Netanyahu para ir à Hungria após ação do TPI
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BUDAPESTE (Reuters) - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou na sexta-feira que convidará o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para visitar a Hungria, dizendo que garantirá que um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Netanyahu 'não será observado'.
O TPI emitiu mandados de prisão na quinta-feira para Netanyahu e seu ex-chefe de Defesa, bem como para um líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri, por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito de Gaza.
Orbán, cujo país detém a presidência rotativa de seis meses da União Europeia, disse à rádio estatal que o mandado de prisão do TPI está 'errado' e afirmou que o líder israelense poderia conduzir negociações na Hungria 'com a devida segurança'.
'Hoje convidarei o primeiro-ministro de Israel, sr. Netanyahu, para uma visita à Hungria e, nesse convite, garantirei que, se ele vier, a decisão do TPI não terá efeito na Hungria e não seguiremos seu conteúdo', declarou Orbán.
Desde que Orbán e seu partido nacionalista Fidesz chegaram ao poder em 2010, ele e Netanyahu estabeleceram relações políticas estreitas. Netanyahu visitou Budapeste em 2017.
Os líderes israelenses e a Casa Branca condenaram veementemente a decisão do TPI, enquanto o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que os mandados não eram políticos e que todos os Estados-membros da UE deveriam respeitar e implementar a decisão do tribunal.
Dentro da UE, a Hungria e a República Tcheca têm apoiado fortemente Israel, enquanto países como a Espanha e a Irlanda enfatizam seu apoio aos palestinos.
O Ministério das Relações Exteriores da República Tcheca, em resposta à decisão do TPI, disse que Praga respeitará suas obrigações legais internacionais.
No entanto, o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala chamou a decisão do TPI de 'infeliz', dizendo no X na noite de quinta-feira: '(A medida) enfraquece sua autoridade em outros casos ao equiparar os representantes eleitos de um Estado democrático aos líderes de uma organização terrorista islâmica'.
(Reportagem de Krisztina Than e Anita Komuves)
Escrito por Reuters
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