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Otan diz estar preocupada com retórica secessionista na Bósnia

Placeholder - loading - Jens Stoltenberg em Sarajevo  20/11/2023   REUTERS/Amel Emric
Jens Stoltenberg em Sarajevo 20/11/2023 REUTERS/Amel Emric

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Por Daria Sito-Sucic

SARAJEVO (Reuters) - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta segunda-feira que a aliança está preocupada com a retórica secessionista na Bósnia, bem como com a influência russa no país, depois de meses em que líderes sérvios afirmam cada vez mais que querem se separar.

A Bósnia emergiu de uma guerra entre 1992 e 1995 com uma estrutura federal que une uma república dominada pelos sérvios com uma federação de croatas e muçulmanos bósnios. O líder da entidade sérvia, Milorad Dodik, tem dito nos últimos meses que pretende se separar e se unir à vizinha Sérvia.

'Estamos preocupados com a retórica secessionista e divisiva, bem como com a interferência estrangeira, incluindo a Rússia', disse Stoltenberg aos repórteres em Sarajevo, sua primeira parada durante uma viagem pela região dos Bálcãs Ocidentais.

'Isso prejudica a estabilidade e dificulta a reforma', disse Stoltenberg, acrescentando que todos os líderes políticos devem trabalhar para preservar a unidade, construir instituições nacionais e alcançar a reconciliação.

Quase três décadas após a guerra que custou 100.000 vidas, a mais mortal das guerras que se seguiram ao desmembramento da Iugoslávia nos anos 1990, a Bósnia continua dividida, com sua economia estagnada e pessoas saindo em massa.

A Otan enviou cerca de 60.000 soldados para a Bósnia após a guerra, que foram substituídos por uma força de manutenção da paz da União Europeia, a EUFOR, em 2004. No ano passado, a UE quase dobrou o tamanho da EUFOR para 1.100 soldados, preocupada com a possibilidade de a instabilidade da guerra na Ucrânia se espalhar para os Bálcãs Ocidentais.

Stoltenberg disse que a Otan apoiou fortemente e trabalhou com a missão EUFOR.

'Não podemos e não permitiremos um vácuo de segurança na Bósnia-Herzegovina', disse ele depois de se encontrar com Christian Schmidt, o alto representante internacional na Bósnia, que não foi reconhecido nessa função pelos sérvios da Bósnia, que dizem que sua nomeação não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

Escrito por Reuters

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