Pais analisam riscos e benefícios de vacinação de crianças contra Covid nos EUA
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Por Joseph Ax e Sharon Bernstein
(Reuters) - Em um mundo ideal, Leah Smithers disse que poderia esperar testes mais longos das vacinas contra Covid-19 antes de imunizar o filho de 10 anos.
Mas como sua diabete juvenil aumenta o risco de complicações se ele contrair o vírus, e como grande parte de sua vida ainda curta já está moldada pela pandemia, ela está disposta a levá-lo para se vacinar assim que ele tiver permissão.
'Sou uma mãe que se preocupa com o alimento que coloco nos corpos deles, com qualquer coisa que coloco nos corpos deles', disse Smithers, de 43 anos, que mora em Albany, um subúrbio de San Francisco, com mais dois filhos de 13 e 4 anos. 'Mas esta parece a melhor escolha para protegê-lo.'
O anúncio de segunda-feira da Pfizer e da BioNTech de que uma dose menor de sua vacina contra o coronavírus se mostrou segura e eficaz para crianças de 5 a 11 anos em um teste clínico causou alívio em muitos pais que aguardam ansiosamente a chance de imunizar os filhos.
Altamente contagiosa, a variante Delta do coronavírus se choca com o início do ano escolar dos Estados Unidos, fazendo as infecções dispararem entre crianças pequenas, incluindo muitos casos que exigem hospitalização, e obrigando milhares de escolas a fecharem durante dias ou até semanas.
As farmacêuticas disseram que planejam pedir o mais cedo possível uma autorização regulatória para uma dose de 10 microgramas para crianças de 5 a 11 anos depois que esta desencadeou uma reação imunológica forte em um teste com 2.268 participantes. A vacina original de 30 microgramas já foi aprovada para uso emergencial para crianças de 12 a 15 anos.
Autoridades de saúde acreditam que a dose mais baixa poderia ser aprovada para crianças mais jovens até o final de outubro.
Alguns pais expressam receio da vacina para seus filhos pequenos, citando a falta de estudos de larga escala e de dados de longo prazo sobre seus efeitos nesta população. Há cerca de 29 milhões de crianças de 5 a 11 anos nos EUA.
Mas em entrevistas, pediatras e especialistas de saúde pública disseram que os pais parecem estar ficando menos hesitantes com o passar do tempo.
(Reportagem adicional de Jason Lange)
Escrito por Reuters
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