Países bálticos protestam contra lista de políticos procurados pela Rússia
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Por Andrius Sytas
VILNIUS (Reuters) - Estônia, Letônia e Lituânia emitiram protestos diplomáticos na quarta-feira para Moscou depois que a polícia russa colocou importantes políticos bálticos em uma lista de procurados por causa da destruição de monumentos da era soviética.
Os três Estados bálticos já foram governados por Moscou, mas agora são membros da União Europeia e da Otan e, desde a invasão russa na Ucrânia, surgiram como apoiadores ferrenhos da Ucrânia e críticos veementes da Rússia.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o secretário de Estado Taimar Peterkop estão na lista de procurados pela polícia, assim como o ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys, e cerca de 60 membros atuais e antigos do Parlamento da Letônia, segundo a Rússia.
A agência estatal russa Tass informou na terça-feira que as autoridades bálticas foram acusadas de 'destruir monumentos aos soldados soviéticos', atos que são puníveis com uma pena de cinco anos de prisão de acordo com o código penal russo.
O Ministério das Relações Exteriores da Letônia, em um comunicado, disse que estava trabalhando com a UE para tratar do assunto e que estava tentando mitigar qualquer risco para os cidadãos do país.
'O ministério...continuará a apoiar, com os parceiros da UE e da Otan e com outros países no âmbito de organizações internacionais, a questão dos casos politicamente motivados e dos ataques extraterritoriais da Rússia', acrescentou.
A Lituânia, por sua vez, exigiu que seus políticos fossem retirados da lista.
'Essas decisões russas contradizem as normas comumente reconhecidas do direito internacional, demonstram esforços para falsificar o passado e desrespeitam a memória histórica da Lituânia', escreveu o Ministério das Relações Exteriores.
Em uma declaração, a Estônia disse que seus diplomatas 'expressaram indignação' e exigiram uma explicação do Kremlin.
'O Ministério das Relações Exteriores também notificou o representante da Rússia que essas medidas do Estado russo não nos impedirão de fazer a coisa certa e que a Estônia não mudará seu apoio resoluto à Ucrânia', acrescentou.
Escrito por Reuters
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