Países europeus decidirão em até quatro semanas quando reiniciar lançamentos espaciais
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Por Tim Hepher
PARIS (Reuters) - Autoridades espaciais europeias disseram nesta segunda-feira que enfrentarão decisões cruciais nas próximas semanas sobre o retorno ao voo dos principais lançadores espaciais da Europa, após uma série de atrasos.
O lançamento inaugural do novo lançador europeu Ariane 6 foi adiado para o próximo ano, enquanto o fracasso de um teste no Vega C tem prejudicado as chances de retorno ao serviço em 2023 para esse foguete, que teve suas atividades interrompidas em dezembro de 2022.
O terceiro caminho tradicional da Europa para o espaço, o programa russo Soyuz, foi suspenso no ano passado, em meio ao colapso nas relações Leste-Oeste após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Esses desdobramentos deixaram a Europa lutando para reduzir a lacuna na capacidade de lançamento, à medida que a concorrência aquece no mercado de lançamentos comerciais, com o maior e modernizado Ariane 6 concebido para ser mais competitivo contra os rivais liderados pela SpaceX, de Elon Musk.
Em uma coletiva de imprensa, a Agência Espacial Europeia (ESA) disse que planeja estabelecer uma janela para o primeiro lançamento do Ariane 6 no início de outubro, após completar uma série de testes de motor.
O próximo deles está previsto para terça-feira, depois que os esforços para acender o motor da seção principal, no local de lançamento na Guiana Francesa, foram adiados em 29 de agosto. Um teste separado do complexo estágio superior foi realizado com sucesso na Alemanha na sexta-feira.
O Diretor Geral da ESA, Josef Aschbacher, não se comprometeu com um lançamento completo no primeiro semestre do próximo ano, mas disse aos repórteres que os resultados até agora apontavam para uma estreia de testes 'não muito tarde' em 2024, seguida pela primeira missão comercial cerca de 6 meses depois.
Escrito por Reuters
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