Pan chega a cair mais de 5% após redução de juro do consignado a beneficiários do INSS
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SÃO PAULO (Reuters) - As ações do Pan figuravam entre as piores performances do Ibovespa nesta terça-feira, após o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduzir na véspera a taxa máxima de juros do empréstimo consignado a beneficiários do INSS.
O colegiado definiu o novo limite em 1,70% por mês, o que representa uma diminuição de 0,44 ponto percentual no índice autorizado para instituições financeiras realizarem operações com débito direto na folha de pagamento que contempla mais de 37 milhões de cidadãos, incluindo aposentados e pensionistas.
A mudança foi proposta pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com o comunicado no site do Ministério da Previdência Social. Também foi aprovado teto de 2,62% para o cartão de crédito consignado, contra 3,06% do então valor percentual vigente.
Na bolsa paulista, por volta de 11:40, os papéis do Pan caíam 1,19%, a 4,99 reais, reduzindo as perdas, após terem chegado a 4,78 reais (-5,35%), enquanto o Ibovespa subia 0,67%.
Para analistas do Bradesco BBI, a notícia é negativa para o setor, principalmente porque o custo de captação deve continuar elevado, uma vez que a taxa Selic continua em patamares altos. Eles calculam um efeito negativo de cerca de 3% em média nos lucros estimados para os bancos sob sua cobertura em 2023.
'...mas com um intervalo de 20,9% a 0,9%', ponderaram Gustavo Schroden e equipe em relatório a clientes, avaliando que o Pan deve ser o mais afetado (20,9%),seguido por Banrisul (20,6%), Itaú Unibanco (4,4%), Santander Brasil (2,7%) e Banco do Brasil (0,9%).
Eles acrescentaram que esse tipo de decisão pode ser um gatilho para discussões adicionais sobre o nível de cobrança de taxas de juros pelos bancos no Brasil, principalmente em cartões de crédito rotativo.
No setor, Banrisul perdia 0,88%, Itaú mostrava variação positiva de 0,08%, Santander Brasil subia 0,72%, Banco do Brasil cedia 0,11% e Bradesco ganhava 0,3%.
(Por Paula Arend Laier)
Escrito por Reuters
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