Panamenhos votam para presidente em eleições acirradas
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Por Valentine Hilaire e Elida Moreno
CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - Os panamenhos começaram a votar nas eleições gerais de domingo para escolher um dos oito candidatos para ser o próximo presidente do país, numa corrida em que grande parte da atenção se concentrou em um ex-presidente cujo nome foi manchado pela corrupção, escondido na embaixada da Nicarágua.
Após semanas de eventos de campanha que incluíram canções cativantes de reggaeton e artistas populares, mais de 3 milhões de eleitores decidirão quem está em melhor posição para resolver os prementes problemas econômicos do Panamá, combater a corrupção e restaurar a reputação do país como um paraíso de investimentos.
José Raul Mulino, um ex-ministro que substituiu o popular ex-presidente Ricardo Martinelli nas urnas depois que Martinelli foi impedido de concorrer devido a uma condenação por lavagem de dinheiro, lidera as pesquisas de opinião.
Mulino prometeu trazer prosperidade e manter Martinelli, que desempenhou um papel fundamental nas eleições dentro dos muros da embaixada da Nicarágua na Cidade do Panamá, fora da prisão.
A Nicarágua concedeu asilo ao ex-líder, mas as autoridades panamenhas impediram-no de deixar o país. Mulino visitou Martinelli na embaixada após votar.
Romulo Roux, em sua segunda tentativa de conquistar a Presidência, e o ex-presidente Martín Torrijos alternaram entre o segundo e o terceiro lugar. Logo atrás está Ricardo Lombana, que também concorreu nas eleições anteriores, e o atual vice-presidente José Gabriel Carrizo.
'A minha esperança é que o novo governo enfrente a corrupção e a pobreza. Espero que desta vez eles cumpram as suas promessas, caso contrário terão de se ver com o povo', disse Amalia Brown, uma aposentada de 80 anos, depois de votar.
As regras eleitorais do Panamá não exigem segundo turno, tornando o resultado de domingo definitivo. As campanhas disseram que enviarão voluntários às urnas para supervisionar a votação e garantir uma eleição justa.
Estimativas apontam que nenhum partido deve obter o controle do Congresso, onde 885 assentos estão sendo disputados.
Escrito por Reuters
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