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Papa visitará pequeno grupo católico na Mongólia

Placeholder - loading - Papa Francisco 27/08/2023 Mídia do Vaticano/Divulgação via REUTERS
Papa Francisco 27/08/2023 Mídia do Vaticano/Divulgação via REUTERS

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Por Philip Pullella e Joseph Campbell

CIDADE DO VATICANO/ULANBAATAR (Reuters) - Os católicos da Mongólia – um total de 1.450 pessoas – poderiam ser espremidas na Basílica de São Pedro dezenas de vezes e seu número é menor do que a congregação de uma pequena paróquia em algumas cidades pequenas.

Então, por que o papa Francisco, de 86 anos e que precisa de uma cadeira de rodas, irá percorrer 8.278 quilômetros para visitá-los esta semana?

Essencialmente, parafraseando a resposta do alpinista britânico George Mallory na década de 1920 sobre por que ele queria escalar o Monte Everest, porque os católicos estão lá.

“Não consigo nem imaginar isso”, disse Arvanai Hashdorj, de 19 anos, estudante que assistiu à missa no domingo na Catedral dos Santos Pedro e Paulo, na capital da Mongólia, Ulaanbaatar.

Visitar lugares onde os católicos são minoria faz parte da política de Francisco de chamar a atenção para as pessoas e os problemas no que ele chamou de periferias da sociedade e do mundo. Ele ainda não visitou a maioria das capitais da Europa Ocidental.

Francisco, que participará de um culto inter-religioso na Mongólia, disse em seu discurso semanal ao meio-dia de domingo que visitaria “uma Igreja que é pequena em número, mas vivaz na fé”.

No ano passado, Francisco nomeou o arcebispo Giorgio Marengo, um italiano, o primeiro cardeal a ser radicado na Mongólia, onde é administrador da Igreja Católica.

“Isto mostra como para ele (o papa) cada membro dos fiéis é importante”, disse Marengo, que é missionário na Mongólia há mais de 20 anos.

A Mongólia tem nove paróquias, em comparação com 25.500 na Itália. A menor delas, a centenas de quilômetros da capital, tem apenas entre 30 e 40 membros.

Francisco disse no domingo que se sentiu honrado em visitar “um povo nobre e sábio” com uma “grande tradição religiosa”.

Cerca de 60% dos mongóis se identificam como religiosos. Entre eles, 87,1% são budistas, 5,4% muçulmanos, 4,2% xamanistas, 2,2% cristãos e 1,1% seguidores de outras religiões, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Existem apenas dois padres católicos mongóis nativos.

O país de cerca de 3,3 milhões de habitantes é estrategicamente significativo para a Igreja Católica Romana devido à sua proximidade com a China, onde o Vaticano tenta melhorar a situação dos católicos no meio de relações por vezes difíceis com o governo comunista.

(Reportagem adicional de David Stanway)

Escrito por Reuters

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