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Paramilitares do Sudão expulsam civis de vilarejos em ataques violentos

Placeholder - loading - Família sudanesa deslocada do Estado de Gezira por forças paramilitares em abrigo em New Halfa, no Sudão 03/11/2024 REUTERS/El Tayeb Siddig
Família sudanesa deslocada do Estado de Gezira por forças paramilitares em abrigo em New Halfa, no Sudão 03/11/2024 REUTERS/El Tayeb Siddig
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NEW HALFA, Sudão (Reuters) - Salwa Abdallah estava se recuperando de uma cesariana e cuidando de seu bebê de um mês quando soldados da força paramilitar Forças de Apoio Rápido invadiram sua casa no estado de El Gezira, no leste do Sudão, no final do mês passado.

Eles a acusaram de lealdade ao Exército sudanês e a seus aliados, seus rivais em uma guerra de 18 meses. 'Eles disseram: 'Você nos matou, então hoje vamos matar você e estuprar suas filhas'', disse ela à Reuters, abrigada sob um lençol improvisado na cidade de New Halfa, onde chegou depois de caminhar por dias com sua mãe idosa e seus filhos.

Ela disse que os soldados as expulsaram de seu vilarejo com chicotes e depois atiraram nelas em motocicletas, o que também foi mencionado por duas outras vítimas do ataque.

A Reuters conversou com 13 vítimas de uma série de ataques intensos e violentos no leste de Gezira nas últimas duas semanas, que afetaram pelo menos 65 vilarejos e cidades, de acordo com ativistas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que cerca de 135.000 pessoas foram deslocadas, em grande parte para os Estados de Kassala, Gedaref e Rio Nilo, que já estão lotados com muitos dos quase 10 milhões de deslocados internos pela guerra devastadora que eclodiu em abril de 2023.

'Estou chocado e profundamente consternado com o fato de que violações de direitos humanos do tipo testemunhado em Darfur no ano passado... estejam se repetindo no Estado de El Gezira. Esses são crimes atrozes', disse a principal autoridade da ONU no Sudão, Clementine Nkweta-Salami, referindo-se aos ataques do ano passado que provocaram acusações de limpeza étnica e crimes contra a humanidade por parte dos Estados Unidos e de outros países.

A guerra desencadeou a fome em todo o país, apagou a maioria dos sinais de um Estado em funcionamento nas áreas controladas pela RSF e provocou temores de fragmentação.

Ambos os lados são acusados de impedir a tão necessária assistência internacional.

Os porta-vozes da RSF e do Exército sudanês não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.

ATAQUES DE VINGANÇA

Embora o estado de El Gezira tenha sido alvo de uma violenta campanha de saques desde que a RSF assumiu o controle em dezembro, a deserção de seu chefe no estado desencadeou uma série de ataques de vingança.

O Comitê de Resistência de Wad Madani, um grupo pró-democracia, identificou 169 pessoas mortas desde o início da violência em 20 de outubro, embora em uma declaração tenha dito que havia centenas de outras.

O escritório de direitos humanos da ONU disse na semana passada que houve pelo menos 25 casos de violência sexual, incluindo uma menina de 11 anos que morreu em consequência disso. O escritório também disse que a RSF havia confiscado dispositivos de internet em pelo menos 30 vilarejos e citou relatos de que eles haviam queimado plantações.

O pior incidente foi em al-Sireha, onde o comitê disse que 124 pessoas foram mortas em 25 de outubro.

Um vídeo verificado pela Reuters mostrou soldados da RSF enfileirando homens, muitos deles idosos, e alguns com roupas manchadas de sangue, forçando-os a sangrar.

A RSF negou ter ordenado ambos os ataques e disse que os ataques em Gezira foram o resultado de o Exército ter armado as comunidades locais.

O Exército respondeu enfatizando as campanhas de resistência popular, embora tenha havido pouca evidência de armamento em larga escala de civis em Gezira.

O Sudanese Human Rights Monitor advertiu o Exército contra 'deixar os civis... expostos a confrontos diretos e desproporcionais com a RSF', que criticou por não cumprir as promessas de proteger os civis.

Hashim Bashir, um homem deficiente após ter sua perna amputada antes da guerra, disse que os soldados da RSF o expulsaram de sua casa no vilarejo de al-Nayb.

'Eles são muito cruéis... Se você sobrevive aos tiros deles, eles batem na sua cabeça. Se você sobreviver a isso, eles o espancam com um chicote', disse ele, mostrando cicatrizes em sua perna funcional.

Sua sobrinha, Faiza Mohammed, disse que os soldados da RSF não permitiram que eles levassem nada consigo, nem mesmo documentos de identificação.

'Eu me escondi debaixo da cama, mas eles me pegaram, me bateram e arrancaram meu brinco da orelha', disse ela.

(Reportagem de Eltayeb Siddig, em New Halfa; Nafisa Eltahir, no Cairo; Khalid Abdelaziz, em Dubai; Maria Laguna, na Cidade do México, e Milan Pavicic, em Gdansk)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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