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Parlamentares do Irã autorizam ação firme contra atos 'terroristas' dos EUA

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DUBAI (Reuters) - O Parlamento do Irã aprovou um projeto de lei nesta terça-feira que pede que o governo adote medidas duras para reagir a 'ações terroristas' de forças dos Estados Unidos, noticiou a televisão estatal, retaliando a inclusão da Guarda Revolucionária de elite do país em uma lista negra de Washington.

No dia 8 de abril, o presidente Donald Trump designou a Guarda Revolucionária como um grupo terrorista estrangeiro, uma decisão inédita que provocou repúdio iraniano e temores de ataques retaliatórios contra forças dos EUA.

Teerã reagiu à designação, que entrou em vigor em 15 de abril, classificando o Comando Central dos EUA (Centcom) como uma organização terrorista e o governo norte-americano como um patrocinador do terrorismo.

'O projeto de lei autoriza o governo a adotar medidas firmes e retaliatórias contra atividades terroristas de forças americanas que ameacem interesses do Irã', disse a rede de TV.

'O governo deveria usar medidas legais, políticas e diplomáticas em resposta às ações americanas.'

Extremamente leal ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, a Guarda Revolucionária é uma força poderosa que controla a maior parte da economia iraniana e exerce influência política no fracionado establishment clerical do país.

A agência de notícias semioficial Tasnim disse que cerca de 168 dos 210 parlamentares presentes votaram a favor do projeto de lei.

As tensões entre Teerã e Washington estão crescendo desde o ano passado, quando Trump retirou os EUA de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis grandes potências e reativou sanções contra o regime.

Nos últimos anos, houve confrontos periódicos entre a Guarda Revolucionária e os militares dos EUA no Golfo Pérsico.

O novo comandante-chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, indicado depois da inclusão da força na lista negra dos EUA, já alertou no passado que o Irã poderia usar seus mísseis balísticos e de cruzeiro, drones, minas, lanchas e lançadores de mísseis na área do Golfo Pérsico para confrontar os EUA.

O governo Trump, que adotou uma postura rígida com o Irã, disse em um comunicado divulgado na segunda-feira que o presidente decidiu não renovar as dispensas para importadores comprarem petróleo iraniano sem enfrentar sanções a partir de maio.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse que o aumento da pressão econômica sobre o Irã mostrou que Washington está em pânico.

Escrito por Thomson Reuters

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