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Partidos franceses pedem aos eleitores que votem em um 2º turno imprevisível

Placeholder - loading - Jordan Bardella, presidente do partido Reunião Nacional, em Paris  1/7/2024   REUTERS/Benoit Tessier
Jordan Bardella, presidente do partido Reunião Nacional, em Paris 1/7/2024 REUTERS/Benoit Tessier

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Por Dominique Vidalon

PARIS (Reuters) - Partidos de todo o espectro político conclamaram os eleitores franceses a votarem maciçamente no domingo, à medida que as pesquisas de opinião preveem que a extrema-direita será o maior partido, mas ficará aquém de uma maioria absoluta.

O Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, eurocético e anti-imigração, venceu o primeiro turno da eleição parlamentar com um terço dos votos, abrindo a perspectiva de a extrema-direita liderar um governo francês pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Porém, após uma série subsequente de desistências táticas de candidaturas de partidos tradicionais com o objetivo de impulsionar quem estiver em melhor posição para derrotar a extrema-direita, várias pesquisas projetaram uma queda no número de cadeiras que o RN poderia conquistar, tornando uma maioria absoluta ainda mais difícil de ser alcançada.

Le Pen, que afirmou que a 'frente republicana' dos partidos tradicionais demonstra desdém por seus eleitores, pediu a eles que provem que as pesquisas estão erradas no segundo turno decisivo da eleição de domingo.

'Tenho a impressão de que tudo isso foi planejado para desmotivar nossos eleitores. Felizmente, eu os conheço e sei que eles estão altamente motivados, por isso digo a eles: realmente vão votar', disse Le Pen à rádio Europe 1 e à CNews TV.

'Precisamos de todos', declarou ela no último dia oficial de campanha antes da votação de domingo.

Uma pesquisa da OpinionWay para o jornal francês Les Echos projetou que o RN ganharia 205-230 assentos, à frente da Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, com 145-175 assentos, e do bloco de centro do presidente Emmanuel Macron, com 130-162 assentos.

Os resultados estavam em linha com outras pesquisas divulgadas nos últimos dias.

Para obter a maioria governista, são necessários 289 assentos na Assembleia Nacional.

Mas o representante do Parlamento Europeu Raphael Glucksmann, um dos líderes políticos da Nova Frente Popular, advertiu que ninguém deve considerar essas pesquisas como certas.

'Os comentaristas e políticos já falam como se o RN não tivesse maioria absoluta e se congratulam por seus esforços para bloqueá-lo... Acho que isso pode desmobilizar os eleitores, e estou preocupado. Há uma onda de maré a favor do Reunião Nacional', disse ele à rádio RTL.

Ainda há muita incerteza, inclusive se os eleitores concordarão com esses esforços para barrar o RN, segundo as pesquisas.

'A grande incógnita é o tamanho da frente republicana... será que um eleitor de esquerda votará em um candidato de direita ou em um candidato do campo de Macron?', disse o pesquisador do IFOP Jerome Fourquet à rádio RMC. Tanta coisa está no ar que uma aliança de esquerda que superasse o RN não poderia ser totalmente descartada, afirmou ele.

(Reportagem adicional de Yiming Woo)

Escrito por Reuters

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