Pesquisa aponta vantagens da inteligência artificial na educação
As máquinas auxiliaram no ensino da matemática, e no aprendizado de uma segunda língua, por exemplo
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De acordo com um estudo, publicado recentemente na Science e divulgado por um jornal espanhol, que trouxe uma revisão de inúmeros artigos científicos sobre experimentos com robôs usados na área da educação, os efeitos da tecnologia para a sociedade devem ser positivos, se as máquinas forem utilizadas em âmbitos concretos, como no aprendizado de vocabulário ou na prática de cálculos matemáticos.
No geral, a comunidade científica enxerga os benefícios que os novos dispositivos podem trazer para melhorar a experiência de aprendizagem das crianças, mas há muitas incógnitas quando o assunto abordado é esse. Os pesquisadores da revisão avaliaram apenas os artigos que utilizaram robôs existentes fisicamente, com intenção claramente educativa.
Segundo Tony Belpaeme, cientista de universidades da Bélgica e do Reino, e autor principal do estudo, as máquinas foram usadas para ensinar matemática, uma segunda língua, geografia, física, ou raciocínio lógico. O material utilizado pelos estudiosos foram fruto de experiências realizadas em países asiáticos, como Japão, China, na Europa e nos Estados Unidos.
Os robôs foram aplicados de forma diferentes na sala de aula, tendo papéis distintos: alguns tinham a função de professor ou de tutor, com tarefas de assessoria e supervisão, em uma relação individual com o aluno, por exemplo, na hora de auxiliá-lo na melhora do vocabulário. Outros desempenharam papel de 'companheiro', que acompanham as crianças na aprendizagem e expandiam suas próprias competências ao lado dos estudantes.Entre outras versões.
De acordo com o pesquisador, todas as máquinas agora são protótipos. Mas, poderão chegar as salas de aula se alguma empresa tiver interesse em investir. Ele ainda coloca que a aplicação dessa tecnologia no ambiente educativo, no geral, apresentou resultados positivos em praticamente todos os casos examinados.
Para o profissional, as possibilidades do ramo da tecnologia atuais não levam a pensar que uma máquina pode desempenhar todas as funções exercidas por um educador humano. A conclusão principal do trabalho é que os robôs podem ser facilitadores e serem eficazes como apoio da educação. Eles não vão substituir os professores, mas podem ter funções de tutores pessoais em conceitos muito concretos. Além disso, para o autor do trabalho, a melhor categoria de robô é o 'companheiro', porque não sabe de tudo, e sim, evolui e aprende com o aluno.
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