PETER CETERA É O ARTISTA DA SEMANA
Mais conhecido como baixista e vocalista da banda Chicago, cantor americano já lançou oito álbuns solo
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Mais conhecido por sua carreira como baixista e vocalista da banda estadunidense Chicago, Peter Cetera nasceu em 13 de setembro de 1944, em Windy City, nos Estados Unidos.
Veja também: Veja a tradução de Glory Of Love, de Peter Cetera
De família polonesa, tinha 6 irmãos. Todos aprenderam a harmonizar ainda na infância, cantando em corais domésticos. O primeiro instrumento de Peter foi o acordeão – conhecido no Brasil como ‘sanfona’ ou ‘gaita’ –, mas, assim que assistiu seu primeiro show de rock enquanto cursava o ginásio, decidiu economizar dinheiro para comprar uma guitarra.
Foi esse mesmo concerto musical que influenciaria o jovem a desistir do seminário, onde havia ingressado há pouco tempo. Na época, decidiu que queria fazer do talento musical uma carreira.
O primeiro grupo que contou com a participação de Peter foi o “The Exceptions”, onde ficou até 1967. Depois, passou a fazer parte da banda “The Big Thing”, que mais tarde seria renomeada com o título “Chicago Transit Authority” e, por fim, “Chicago”.
Até meados de 1969, Peter assumiu os vocais e o baixo nas apresentações do grupo. Em maio daquele ano, no entanto, um episódio traumatizante daria novos rumos à sua participação na banda: o músico foi atacado junto com um amigo por três homens durante um jogo de baseball, o que o levou a passar vários dias na UTI por conta de uma fratura no maxilar.
Enquanto se recuperava de seus ferimentos em casa, acompanhou de perto a teletransmissão do primeiro pouso do homem na lua, em julho de 1969. O acontecimento inspiraria “Where Do We Go From Here” (“Para onde vamos a partir daqui?”, em tradução livre), a primeira composição de Peter para a banda.
Dali para frente, ele estaria por trás da autoria de vários sucessos do Chicago, como “If You Leave Me Now”, que se tornou o primeiro single da banda a ocupar o primeiro lugar nas paradas norte-americanas.
Caracterizada por letras de rock romântico, a banda também ficou conhecida pelos hits “25 or 6 to 4”, “Does Anybody Really Know What Time It Is”, “Saturday in the Park” e “Feelin’ Stronger Every Day”.
Carreira solo
Em 1981, o cantor gravou seu primeiro álbum solo, mas não alcançou grande sucesso, o que o levou a permanecer como membro da Chicago, onde ficaria até julho de 1985, quando decidiu romper definitivamente com o conjunto – sob a justificativa de que estava cansado de fazer turnês no estilo jazz-rock.
À época, Bill Champlin, cantor e multi instrumentalista do Chicago, relatou que Peter já estava há muitos anos pensando em sair da banda, alegando que queria um contrato do tipo Phil Collins/Genesis, ou seja, que, ao invés de Chicago, a banda se apresentasse como “Peter Cetera e Chicago” – ideia rejeitada pelos demais integrantes do grupo.
Após a separação, ele foi convidado a participar da trilha sonora do filme Karatê Kid II, dando origem à faixa “Glory Of Love”, que atingiu o primeiro lugar nas paradas musicais no verão de 1986 e mais tarde seria indicada a um Grammy e um Oscar.
O sucesso da música também levou a um dueto com a cantora Amy Grant, de onde saiu a canção “The Next Time I Fall”.
Nos anos seguintes, Peter também faria uma série de duetos de sucesso com artistas como a ex-vocalista do ABBA, Agnetha Faltskog; Cher, Chaka Khan, Crystal Bernard e Ronna Reeves.
Lançado em 1986, o segundo álbum solo e primeiro desde sua saída da banda Chicago, “Solitude/Solitaire”, rendeu ao cantor uma indicação ao Grammy de melhor vocalista masculino.
Dois anos depois, lançou o disco “One More Story”, de onde saiu o sucesso “One Good Woman”.
Após um longo período afastado em função do divórcio da esposa Diane Nini, Peter lançou o álbum “World Falling Down”, em 1992, com faixas que tratavam dos problemas enfrentados ao término de um relacionamento, como a famosa “Restless Heart” e "Even A Fool Can See".
Em 1995, fez “One Clear Voice”, álbum que marcou sua primeira turnê solo, um antigo pedido de seus fãs. Indagado sobre o porquê de ter demorado tanto para viajar em turnê, respondeu à época que queria estar em casa para criar sua filha Claire.
Após o nascimento de sua segunda filha, em 1998, Peter lançou “You’re the Inspiration”, uma coletânea que mescla músicas antigas e novas do cantor.
Depois de três anos, em 2001, ele lançou o sétimo álbum de sua carreira solo, “Another Perfect World”, com músicas inéditas.
No ano seguinte, em 2002, recebeu um convite de seu velho amigo e parceiro de composições David Foster para criar um medley com os vários sucessos que os dois escreveram juntos ao longo do tempo.
Ele também se reuniu com alguns amigos músicos de Nashville na primavera seguinte, criando um grupo acústico que rearranjou seus sucessos solo e alguns hits de quando ainda tocava na banda Chicago.
Em 2004, lançou o álbum de Natal “You Just Gotta Love Christmas”, que inclui a participação de sua filha mais velha Claire em duas faixas – Senna, a filha mais nova, também colaborou com a criação da capa do disco.
À época, ele fez uma mini-turnê nos Estados Unidos para promover a nova obra. Os shows em solo norte-americano dariam origem ao CD/DVD “Live In Salt Lake City”, lançado em 2005.
Em 2008, ele cantou ao vivo a faixa “Hard To Say I’m Sorry” com a Orquestra Cleveland Pop, em um evento com patinadores de gelo de classe mundial. A apresentação foi gravada em Youngtown, no estado de Ohio e acumula mais de 25 milhões de visualizações no YouTube.
Até meados de 2019, Peter Cetera também fazia algumas apresentações com a The Bad Daddies, banda de rock eletrônico que mesclava material original com covers de canções populares da banda Chicago e da carreira solo do artista.
Em novembro de 2019, no entanto, o cantor afirmou em uma entrevista que estava se aposentando da carreira. Ele explicou que há muito tempo já planejava parar de se apresentar antes de perder a voz.
À época, aos 74 anos, disse que já era tempo de “aprender a ser um cantor desempregado”.
Para conhecer mais sobre a vida de Peter Cetera e ouvir seus principais hits, clique aqui e escute o Podcast do Artista.
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