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Leilão do pré-sal decepciona; governo avalia mudança após atuação da Petrobras

Placeholder - loading - Ativistas do clima protestam contra leilão do pré-sal no Rio de Janeiro 07/11/2019 REUTERS/Pilar Olivares
Ativistas do clima protestam contra leilão do pré-sal no Rio de Janeiro 07/11/2019 REUTERS/Pilar Olivares
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Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier e Gram Slattery

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um consórcio da Petrobras com a chinesa CNODC foi o único a apresentar lance na 6ª Rodada de licitação de áreas do pré-sal sob regime de partilha nesta quinta-feira, em nova frustração com certames nesta semana que surpreendeu até autoridades, o que pode levar a mudanças em regras no futuro.

Após ter se comprometido com bônus de assinatura de mais de 63 bilhões de reais no leilão da cessão onerosa na véspera, a Petrobras arrematou nesta quinta-feira com a parceira chinesa apenas o bloco Aram, na Bacia de Santos, com bônus de assinatura fixo de 5,05 bilhões de reais. A estatal ficou com 80% do ativo.

A oferta vencedora pelo principal bloco da rodada, o único dos cinco ofertados no certame que foi vendido, somou ainda o percentual mínimo de 29,96% de excedente em óleo à União, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que realiza o certame.

Isso aconteceu apesar de a Petrobras ter previamente exercido o direito de preferência para ser operadora, com 30% de participação, nas áreas de Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava, além de Aram.

'Estou surpreendido sim com a Petrobras, e esperava que houvesse a contratação das três áreas (em que a Petrobras exerceu direito), mas isso não tira o brilho do conjunto da obra', disse o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.

'O que não era esperado é a Petrobras ter exercido o direito de preferência, e não ter comparecido em dois, isso sim era inesperado', disse.

Mas ele ponderou que a Petrobras é uma empresa e 'quem está preocupado com o sucesso do leilão somos nós'.

'Eu acredito que a Petrobras ontem (no leilão da cessão onerosa) fez as ofertas que fez pelo interesse econômico e empresarial dela, da mesma forma como ela fez hoje também a oferta que fez, e as que não fez, por interesse empresarial dela', completou Oddone.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, 'o exercício de preferência da Petrobras naturalmente reduz a competitividade do certame'.

'Isso é claro, nós já manifestamos essa visão ao Congresso Nacional... e o fato da Petrobras exercer o direito de preferência já reduzindo a competitividade e não participar, isso tem que ser efetivamente analisado e, realmente, não me parece ser de bom senso manter um regime como o que é hoje', afirmou o ministro, sinalizando mudanças que devem ocorrer nas regras.

Uma fonte do governo que pediu para não ser identificada afirmou que o 'desejo de se acabar com esse direito de preferência (da Petrobras) já existe'.

'Acho que hoje a Petrobras deu força para esse argumento de acabar com a preferência... A Petrobras bandejou para o Congresso e para os políticos derrubarem o direito de preferência', adicionou a fonte.

Sobre os comentários específicos das autoridades, a Petrobras informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai comentar o assunto.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, não esteve nesta quinta-feira no hotel na Barra da Tijuca onde foi realizado o leilão.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, comentou com jornalistas que a companhia sempre faz avaliação de retorno, risco e financiabilidade ao avaliar um ativo, e que o fato de outras companhias não terem se juntado à estatal limitou os lances.

'E como não teve ninguém participando, a gente não teve a opção de exercer o direito de preferência', destacou.

'A gente estava esperando o mercado fazer a oferta, e a gente acompanharia com os 30%, se houvesse condição econômica.'

Ele disse ainda que Petrobras vai usar caixa e eventualmente financiamentos para bancar gastos bilionários com leilões do pré-sal desta semana, mas destacou que a companhia mantém suas metas de redução de dívida.

MUDANÇA EM BÔNUS

De acordo com Albuquerque, o governo precisará fazer uma reavaliação sobre os processos, 'considerando a conjuntura internacional, analisando como as empresas estão se comportando dentro deste cenário de transição energética'.

Não houve oferta também por Bumerangue e Cruzeiro do Sul, na Bacia de Santos.

Em entrevista à Reuters, o ministro de Minas e Energia disse que o governo vai reavaliar parâmetros de leilões do pré-sal como óleo lucro e bônus de assinatura, considerado elevado por analistas.

'Pode alterar o regime de exploração, esses parâmetros como um todo, a metodologia do leilão, ou seja, o processo como um todo é que estamos avaliando e tenho certeza que vamos aperfeiçoá-lo', disse ele.

Se todos os blocos tivesse sido vendidos, o bônus de assinatura arrecadado com o leilão desta quinta-feira seria de 7,85 bilhões de reais.

Analistas voltaram a criticar o modelo dos leilões do pré-sal, que somaram arrecadação ao governo de cerca de 75 bilhões de reais nesta semana. Ao todo, neste ano, licitações de blocos de exploração e produção de petróleo arrecadaram um total de aproximadamente 85 bilhões de reais.

'As coisas vão de mal a pior no Brasil com a 6a Rodada do pré-sal. Com exceção da Petrobras e da CNPC (matriz da CNODC), o setor ficou de fora (dos leilões do pré-sal) --os dias de perseguir área de exploração do pré-sal a qualquer custo terminaram', disse o vice-presidente da consultoria Welligence Energy, Andre Fagundes.

'Juntamente com o resultado decepcionante de ontem (na cessão onerosa), fica claro que a ANP precisa repensar os termos sob os quais oferece área no polígono do pré-sal', completou.

Segundo o analista independente de petróleo no México Gonzalo Monroy, os bônus de assinatura eram muito altos.

'Não acho que todo o sistema de leilão tenha falhado, mas precisa ser melhorado. Era complexo e definitivamente pode ser simplificado... Acredito que haja interesse no pré-sal do Brasil, mas não a qualquer custo', disse ele.

Carlos Maurício Ribeiro, sócio da área de Óleo & Gás do Vieira Rezende Advogados, comentou que 'parece que indústria disse claramente e em bom tom que não aceita mais o regime de partilha de produção'.

'Com a mudança na conjuntura política no país, esse parece ser o empurrão que faltava ao Congresso Nacional para alterar o arcabouço legal e adotar o regime de concessão.'

(Com reportagem adicional e texto de Roberto Samora, e Marianna Parraga, no Rio de Janeiro)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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DURAN DURAN RELANÇA COLETÂNEA ‘GREATEST’ EM VINIL BRANCO

A icônica banda britânica Duran Duran acaba de anunciar o relançamento de sua coletânea definitiva, Greatest, em uma edição especial em vinil branco, disponível pela primeira vez desde sua estreia original em 1998. A nova versão, que celebra a trajetória de uma das maiores bandas do synthpop mundial, já pode ser reservada no site oficial do grupo. LINK

Compilação definitiva do Duran Duran retorna em grande estilo

Com 19 faixas, o disco reúne os maiores sucessos do grupo, incluindo clássicos atemporais como "Rio", "The Reflex", "Ordinary World", "Hungry Like The Wolf" e "Girls on Film". As canções percorrem diferentes fases da carreira do Duran Duran, com exceção das faixas do álbum tributo Thank You (1995), que foram deixadas de fora nesta versão.

Qualidade sonora e visual premium para fãs e colecionadores

A nova edição em vinil branco de 140g acompanha capa dupla com acabamento em relevo, voltada especialmente para os colecionadores e apaixonados por edições limitadas. Trata-se de uma atualização da coletânea Decade (1989), com o acréscimo de faixas dos anos 1990 e edições especiais de algumas músicas para garantir compatibilidade com o formato original de CD da época.

Greatest: marco na discografia e sucesso de vendas

Lançada originalmente em 1998, a coletânea Greatest surgiu como uma forma de celebrar quase duas décadas de carreira do Duran Duran, reunindo faixas que dominaram as paradas dos anos 1980 e 1990. O álbum é amplamente reconhecido como a compilação mais completa da banda até hoje, superando o sucesso de sua antecessora, Decade (1989), ao incluir hits de álbuns como Duran Duran (The Wedding Album) e Medazzaland.

A versão original do CD foi cuidadosamente editada para que as músicas coubessem em um único disco, o que levou à criação de versões especiais e radio edits de algumas faixas. Entre elas estão “Come Undone (Edit)”, “Skin Trade (Radio Cut)” e “Electric Barbarella (Edit)”, esta última lançada como single promocional no Reino Unido exclusivamente para divulgar o projeto.

Certificações e legado duradouro

Até o ano de 2008, a coletânea já havia vendido mais de 1,3 milhão de cópias nos Estados Unidos, conquistando a certificação de Disco de Platina pela RIAA. Ao longo dos anos, Greatest permaneceu como item essencial no catálogo da banda, sendo frequentemente redescoberto por novas gerações de fãs do new wave, pop-rock e synthpop.

Duran Duran: pioneiros da era dos videoclipes

Muito além do som, o Duran Duran consolidou seu lugar na história como uma das bandas que mais investiram em videoclipes durante os anos 1980. Seu visual ousado, estética cinematográfica e parcerias com grandes diretores ajudaram a transformar a MTV em um fenômeno cultural e a posicionar a banda como ícone do pop visual.

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