Petrobras prevê elevar aportes em 'tudo' em novo plano, inclusive em socioambiental
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Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras planeja elevar investimentos 'em tudo' no próximo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028, previsto para ser publicado neste mês, inclusive na área socioambiental, afirmou nesta terça-feira a jornalistas o CEO Jean Paul Prates.
A afirmação foi feita em evento em prédio da companhia, onde a empresa apresentou o edital da segunda etapa da maior seleção pública socioambiental da sua história, ao completar 70 anos neste ano.
A seleção pública prevê um total de cerca de 430 milhões de reais para investimentos em projetos diversos.
Em seu discurso, Prates afirmou que sob sua gestão a companhia tem conseguido equilibrar um olhar mais atento ao socioambiental, sem deixar de atender demandas relacionadas ao mercado.
Questionado se os investimentos socioambientais devem aumentar com o novo plano, Prates respondeu: 'Acho que tudo vai aumentar, de alguma forma vamos incrementar investimentos em tudo'.
'É importante para nós ter uma presença na área socioambiental proporcional ao que a gente faz na área operacional, ela vai seguir o mesmo ritmo de crescimento proporcional ao investimento, com capilaridade, diversidade, inclusão, fazendo diferença na vida das pessoas', adicionou.
Para os próximos quatro anos, a empresa calcula que sejam investidos cerca de 1 bilhão de reais em projetos sociais e ambientais, considerando os novos e os já em andamento.
FERTILIZANTES E REFINARIAS
Prates também comentou que o novo plano de negócios terá novidades sobre a área de fertilizantes, mas não entrou em detalhes. 'Vamos fazer uma reconfiguração de tudo de fertilizantes', afirmou.
Na véspera, a Unigel afirmou à Reuters em nota que poderá encontrar solução junto à Petrobras que permita viabilizar as operações de sua fábrica de fertilizantes nitrogenados em Camaçari, na Bahia, e reverter aviso prévio já concedido aos trabalhadores da unidade.
Prates evitou comentar qual solução poderá ser encontrada para a unidade, que atualmente está fora de operação, diante de altos preços do gás natural, insumo essencial para as suas atividades.
O CEO também afirmou nesta terça-feira que a companhia concluiu com sucesso um teste em escala industrial com processamento de carga 100% óleo vegetal na Refinaria Riograndense (RPR), no Rio Grande do Sul.
'Isso é extremamente disruptivo, porque ninguém imaginava, décadas atrás, que pudesse chegar em uma refinaria', afirmou Prates, pontuando que a iniciativa tem patente da Petrobras.
Com base na tecnologia desenvolvida pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), a refinaria produziu petroquímicos e combustíveis renováveis, como bio-GLP, conforme Prates publicou mais cedo em suas redes sociais.
A partir de agora, a companhia fará novos estudos e realizará em junho de 2024 um segundo teste.
(Reportagem adicional de Fábio Teixeira)
Escrito por Reuters
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