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Petroleiros da Petrobras fazem mobilização de 5 dias após TST impedir greve

Placeholder - loading - Prédio da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes
Prédio da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes

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SÃO PAULO (Reuters) - Trabalhadores da Petrobras realizam desde a 0h desta segunda-feira uma mobilização de cinco dias, após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar no sábado que petroleiros se abstenham de realizar greve, sob pena de multa diária de 2 milhões de reais a sindicatos.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros, o movimento não tem o objetivo de afetar a produção. Uma greve havia sido anunciada na última sexta-feira pela FUP, que alega que a Petrobras está descumprindo termos de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) recém-assinado.

Ao deferir o pedido de liminar da Petrobras, o ministro do TST Ives Gandra Martins observou que a Lei de Greve considera abusiva a paralisação deflagrada após a celebração de acordo coletivo de trabalho, a não ser em caso de descumprimento.

'No caso, no entanto, (o ministro) destacou a aparente ausência de motivação para a paralisação', segundo nota do TST.

Procurada, a Petrobras afirmou em nota que 'ainda está avaliando os possíveis impactos do movimento'.

A assessoria de imprensa da FUP informou que a mobilização envolverá doação de sangue por funcionários da Petrobras e visará chamar a atenção da sociedade para a chegada de manchas de petróleo, que sujou praias do Nordeste e Espírito Santo, ao Estado do Rio de Janeiro.

Após análises em laboratório, a Petrobras e o governo brasileiro informaram anteriormente que o petróleo que vem atingindo o litoral do país, há mais de dois meses, é venezuelano. A petroleira brasileira também descartou qualquer responsabilidade no episódio.

Até o momento, não se sabe como o petróleo foi despejado e quais seriam os responsáveis pelo desastre ambiental.

De acordo com o Ibama, há registro de um vestígio de óleo no município de Grussaí (RJ).

Segundo a FUP, há relatos de que o óleo atingiu praias de São João da Barra, Quissamã, Macaé e São Francisco do Itabapoana, mas a Reuters não pôde confirmar essa informação imediatamente.

'Não vamos interromper a produção nem diminuir a produção, estamos combinando ações coletivas em prol da sociedade', afirmou a FUP.

'A ação faz parte das mobilizações solidárias nacionais, que vão ocorrer até o dia 29 de novembro', disse a federação de sindicatos em nota.

No Rio, ônibus levarão petroleiros de vários pontos do Estado para doar sangue. Já em Salvador, os petroleiros sairão do Polo de Camaçari e de outros pontos da região metropolitana em direção ao banco de sangue.

(Por Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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