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PF indicia Bolsonaro por suspeita de fraude em cartão de vacinação

Placeholder - loading - Ex-presidente Jair Bolsonaro  22/02/2024 REUTERS/Adriano Machado
Ex-presidente Jair Bolsonaro 22/02/2024 REUTERS/Adriano Machado
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Por Rodrigo Viga Gaier e Eduardo Simões

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) -A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por suspeita de fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19, mostrou relatório de investigação visto pela Reuters nesta terça-feira, em mais um avanço dos diversos inquéritos judiciais contra o ex-presidente.

Segundo uma fonte com conhecimento do caso, o relatório elaborado pela PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as investigações contra Bolsonaro.

Além de Bolsonaro, também foi indiciado o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente preso em maio do ano passado no âmbito das investigações sobre possível fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e aliados. Ele foi solto após firmar um acordo de delação premiada homologado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

O relatório da PF aponta que Cid fraudou o cartão de vacinação de Bolsonaro e da filha dele, Laura, a mando do então presidente. O próprio Cid fez a acusação contra o ex-chefe em sua delação.

De acoro com o relatório da PF, 'resta evidenciado que Mauro Cesar Cid, no exercício das atividades de chefe da ajudância de ordens da Presidência da República, por determinação de seu superior hierárquico, solicitou a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do ex-presidente e de sua filha Laura Firmo Bolsonaro.'

Procurado pela Reuters, Bolsonaro respondeu por mensagem de texto que a PF realiza 'uma investigação seletiva'. Ele disse estar tranquilo e que não deve nada.

'O mundo sabe que eu não tomei vacina', afirmou.

Durante a pandemia, Bolsonaro criticou por várias vezes a imunização contra a Covid-19, doença que matou 700 mil pessoas no Brasil. Bolsonaro também criticou em diversas ocasiões a vacinação de crianças e adolescentes, e afirmou que não permitiria que sua filha, então com 11 anos, fosse vacinada contra a Covid-19.

Os investigadores citam que o registro de vacinação de Bolsonaro e de sua filha foram feitos na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, pelo secretário de Saúde do município, o que é incomum. Apontam ainda que não há registros de que Laura Bolsonaro tenha ido ao município na data em que consta que teria sido vacinada.

A apuração também indica evidências como acessos de Cid em computadores do Palácio da Alvorada coincidindo com os momentos em que foram feitos os registros, assim como o momento em que os certificados foram impressos.

'Vários atos de acesso ao sistema ConecteSUS, inclusive a impressão de certificado de vacinação ideologicamente falso, foram praticados na residência oficial da Presidência da República, Palácio do Alvorada, ocupada na época dos fatos por Jair Messias Bolsonaro', diz o relatório da PF.

A defesa de Mauro Cid, capitaneada pelo advogado Cezar Bittencourt, descartou tese ventilada por bolsonaristas de que o ajudante de ordens teria agido por iniciativa própria, à revelia do então presidente, para fabricar os dados falsos de vacinação.

'O Cid como militar, e militar de primeira linha... sempre em primeiro lugar na sua turma, o Cid segue as regras. Cumpre religiosamente aquilo que lhe é determinado', disse Bittencourt à GloboNews. 'Não se pode atribuir ao Cid a criação de alguma coisa diferente daquilo que estava em suas atribuições.'

O documento da PF afirma que Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações. Para a PF, a emissão dos certificados fraudulentos ocorreu 'no intuito de obterem vantagens indevidas relacionadas a burla de regras sanitárias estabelecidas durante o período de pandemia'.

Após ser derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro de 2022, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, país que exigia a vacinação contra a Covid-19, com a filha e assessores próximos.

No início deste mês, fontes ligadas a investigações que envolvem Bolsonaro disseram à Reuters que já discutiam o indiciamento do ex-presidente nos inquéritos que, além da suposta fraude no cartão de vacinação, apuram ainda a apropriação indevida por Bolsonaro de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita e uma tentativa de golpe de Estado.

O indiciamento abriria caminho para Bolsonaro ser denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Se a acusação for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele terá de responder a processo criminal que pode levá-lo à prisão, em caso de condenação.

Além dessas investigações, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos em junho do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por causa de uma reunião antes das eleições com embaixadores sediados em Brasília em que, sem provas, colocou em dúvida as urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral.

Em publicação no X, o advogado Fábio Wajngarten, que representa Bolsonaro e foi chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência na gestão dele, criticou o que chamou de 'vazamentos' em relação a investigações sobre Bolsonaro.

'Vazamentos continuam aos montes, ou melhor, aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial', escreveu.

(Reportagem adicional de Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello, em BrasíliaEdição de Pedro Fonseca)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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