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PGR informa ao STF que investiga Bolsonaro por ataques a urnas em reunião com embaixadores

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto 04/08/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto 04/08/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino

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BRASÍLIA (Reuters) - A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou, em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o presidente Jair Bolsonaro já é alvo de uma investigação preliminar sobre reunião do candidato à reeleição com embaixadores estrangeiros em que reafirmou seus ataques infundados à segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral.

Endereçada à ministra do STF Rosa Weber, a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) nega o seguimento de uma petição no contexto de notícia-crime apresenta ao Supremo pelo deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) e outros contra Bolsonaro, apontando que já existe uma investigação em andamento na PGR.

'Ante o exposto, o Ministério Público Federal manifesta-se pela negativa de seguimento à petição, com o consequente arquivamento, considerando... a existência de anterior Notícia de Fato Criminal... em curso na Procuradoria-Geral da República acerca dos mesmos fatos', diz o despacho de Lindôra.

Em julho, Bolsonaro reuniu-se com embaixadores estrangeiros e reiterou suas sistemáticas acusações, sem apresentar provas, à lisura do sistema de votação.

O presidente vem atacando as urnas eletrônicas e chegou a defender a aprovação de medida que instituiria o voto impresso, mas o projeto foi derrotado pelo Congresso Nacional.

Em controvérsia mais recente, Bolsonaro afirmou em entrevista ao Jornal Nacional que aceitará o resultado das urnas desde que as eleições ocorram de forma 'limpa' e 'transparente', no critério dele.

Os ataques de Bolsonaro às urnas no encontro com os embaixadores também é objeto de uma outra ação que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Para o vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco, que assina a peça junto ao TSE, as declarações do presidente durante a reunião com os representantes estrangeiros teriam o propósito de 'desacreditar a legitimidade do sistema de votação digital'. Por isso mesmo, ele pedia, em caráter liminar, que vídeos reproduzindo as falas fossem retirados do ar.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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