Polícia do RJ investiga fraude contra clientes do BB
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou nesta terça-feira uma operação para desarticular um grupo que realizou fraudes contra clientes do Banco do Brasil que somaram ao menos 40 milhões de reais, informaram as autoridades.
De acordo com a polícia, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão contra funcionários e trabalhadores terceirizados do BB a serem cumpridos no Rio de Janeiro e no Mato Grosso.
As investigações apontaram que funcionários do BB e terceirizados entravam no banco de dados da institiuição, adulteravam informações sobre clientes e faziam desvios de recursos. Um gerente do BB é acusado de participar do esquema.
Procurado, o BB afirmou que as investigações começaram a partir de apuração interna, 'que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais', e que está colaborando com a investigação das autoridades 'com repasse de informações e subsídios'.
Segundo a polícia, as investigações conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) revelaram que a quadrilha contava com a colaboração direta de um gerente da instituição financeira, lotado no Mato Grosso, um funcionário da área de tecnologia da informação e terceirizados do banco.
'Esses colaboradores facilitavam a inserção de 'scripts' maliciosos nos sistemas, permitindo que os criminosos acessassem remotamente computadores da instituição e obtivessem controle sobre informações sigilosas. Com esse acesso, os envolvidos realizavam transações bancárias fraudulentas em nome dos clientes, cadastravam equipamentos, alteravam dados cadastrais e modificavam dados biométricos”, afirmou a polícia.
As denúncias começaram a chegar à polícia no ano passado, segundo o delegado Jeferson Ferreira do Nascimento, da DRF.
“Essa organização atua em organizações financeiras e nós estamos atuando contra o núcleo operacional, ou seja, pessoas com livre acesso seja por funcionário ou terceirizado, e, através desse livre acesso eles acessam um equipamento que permite que outros indivíduos possam acessar os dados e cadastros remotamente para fazer as fraudes e desvios“, disse o delegado.
“Vamos agora em busca do núcleo superior desse grupo criminoso e também dos beneficiários desses recursos desviados de forma fraudulenta. Vamos analisar a possibilidade de participação de mais gente e movimentação de mais do que 40 milhões de reais“, acrescentou.
(Reportagem adicional de Paula Arend Laier)
Escrito por Reuters
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