Polícia de Kansas City detém 3 pessoas após ataque a tiros em celebração do Super Bowl
Publicada em
Atualizada em
Por Steve Gorman e Daniel Trotta
(Reuters) - A polícia de Kansas City, no Estado norte-americano do Missouri, interrogou nesta quinta-feira três pessoas detidas após um ataque a tiros durante a celebração da vitória da equipe da cidade no Super Bowl, na esperança de descobrir o que motivou o incidente, que matou uma querida DJ local.
Além da mulher que foi morta, pelo menos 21 outras ficaram feridas por tiros na quarta-feira, do lado de fora da Union Station, um marco da cidade, onde milhares de torcedores se reuniram com o Kansas City Chiefs para comemorar a vitória do time sobre o San Francisco 49ers, segundo as autoridades.
A violência, que ocorreu no final do ato após um desfile, transformou a ocasião festiva em uma cena de pânico, quando a multidão de participantes procurou abrigo ao som de tiros rápidos.
A estação de rádio local KKFI identificou a vítima fatal como Lisa Lopez, uma de suas DJs e apresentadora do programa 'Taste of Tejano'.
Quinze outras vítimas sofreram ferimentos com risco de morte, disse o chefe do Corpo de Bombeiros, Ross Grundyson, em uma coletiva de imprensa no final da tarde.
Onze dos feridos por tiros ou pela confusão que se seguiu eram crianças de até 6 anos, segundo as autoridades.
Nenhum membro do time de futebol americano, seus técnicos ou outros funcionários que participavam da comemoração ficou ferido, disseram os Chiefs.
A chefe de polícia Stacey Graves afirmou em uma coletiva de imprensa na noite de quarta-feira que três pessoas foram detidas 'e estão sendo investigadas' em relação ao tiroteio, mas ela disse que os investigadores ainda não determinaram o motivo.
Ela disse que a polícia ainda não tem certeza se a comemoração da vitória no Super Bowl era o alvo do ataque ou se a violência foi incidental ao evento e se espalhou por ele.
As autoridades pediram a qualquer pessoa que tenha informações sobre o tiroteio ou vídeos que possam ajudar a esclarecer o que aconteceu que os compartilhe com a polícia.
Graves disse que tinha conhecimento de um vídeo que supostamente mostrava torcedores subjugando um suspeito e que os investigadores estavam analisando a filmagem para determinar se o indivíduo era uma das pessoas levadas sob custódia policial.
O prefeito de Kansas City, Quinton Lucas, lamentou o fato de as autoridades municipais não terem conseguido impedir tal violência, apesar da presença de mais de 800 policiais, incluindo agentes federais, na segurança do evento.
'Desfiles, comícios, escolas, cinemas -- parece que quase nada é seguro', disse Quinton, um democrata, aos repórteres, contando como ele estava entre aqueles que correram para se proteger dos tiros.
(Reportagem de Steve Gorman em Los Angeles e Daniel Trotta em Carlsbad, Califórnia)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO