Polícia procura suspeito em Nova York dois dias após morte a tiros de executivo da UnitedHealth
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NOVA YORK (Reuters) - Armada com um arquivo crescente de pistas, a polícia de Nova York vasculhava na sexta-feira vídeos de vigilância e pedia ajuda à população na busca pelo agressor mascarado que matou a tiros um executivo da UnitedHealth em uma calçada de Midtown Manhattan.
Brian Thompson, de 50 anos, presidente-executivo da unidade de seguros da UnitedHealth e pai de dois filhos, foi baleado pelas costas na madrugada de quarta-feira, no que a polícia descreveu como um ataque descarado e direcionado. O fato ocorreu pouco antes da conferência anual de investidores da empresa no Hilton, na Sixth Avenue.
A polícia divulgou várias fotos do suspeito que foram capturadas por câmeras de segurança de toda a cidade durante sua estada em Nova York. Eles ainda não identificaram publicamente o homem, que foi visto pela última vez andando em uma bicicleta elétrica no Central Park.
A polícia ofereceu uma recompensa de 10.000 dólares por informações que levem a uma prisão e condenação.
As palavras 'deny' (negar), 'defend' (defender) e 'depose' (depor) foram gravadas em cartuchos encontrados na cena do crime, disseram fontes policiais à ABC e ao New York Post. Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York não quis comentar a reportagem.
As palavras evocam o título do livro do autor Jay Feinman, de 2010, que critica o setor de seguros, intitulado 'Delay Deny Defend: Why Insurance Companies Don't Pay Claims and What You Can Do About It'. Feinman, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade Rutgers, não quis comentar.
A UnitedHealth é a maior seguradora de saúde dos EUA, fornecendo benefícios a dezenas de milhões de norte-americanos, que pagam mais por assistência médica do que qualquer outro país. Thompson ingressou na UnitedHealth em 2004 e tornou-se presidente-executivo da UnitedHealthcare, uma unidade do UnitedHealth Group, em abril de 2021.
Os investigadores acreditam que o suspeito chegou à cidade de Nova York em 24 de novembro, depois de viajar de Atlanta de ônibus, informou a CNN, citando fontes policiais não identificadas. O suspeito se registrou em um albergue na cidade com uma identificação falsa e pagou com dinheiro, informou a CNN.
Os detetives acreditam que o autor do crime tinha experiência com armas de fogo, com base na forma como ele executou o ataque a tiros lenta e deliberadamente, informou a CNN, citando fontes policiais que falaram sob condição de anonimato porque a investigação está em andamento.
(Reportagem de Luc Cohen, Kyoko Gasha e Amina Niasse em Nova York, Rich McKay em Atlanta e Brendan O'Brien em Chicago)
Escrito por Reuters
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