Política monetária apresentou ótimo resultado em 2023, diz diretor do BC; Drex pode ficar para 2025
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BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, disse nesta segunda-feira que 2023 foi um ano muito bom para a política monetária brasileira, mas alertou que o lançamento do real digital pode ficar para 2025.
'2023 foi um ano muito bom para a política monetária, a política monetária apresentou ótimos resultados, olhando o ano como um todo', disse Moura na live semanal do BC.
'A gente conseguiu fazer, ou estamos conseguindo fazer, o que a gente chama de pouso suave, que é quando acontece um conjunto muito bem sucedido de resultados, combinando redução da inflação corrente, redução das expectativas de inflação e redução da taxa básica de juros com crescimento da atividade econômica... e a manutenção do emprego.'
Moura afirmou ainda que este foi um ano de estabilidade financeira e que a autarquia não viu risco relevante no sistema financeiro no período.
O diretor também disse que o Banco Central ainda está avaliando o impacto de sua agenda de inovação e da tokenização dos ativos na política monetária. Ele não entrou em detalhes sobre o assunto por ainda estar no período de silêncio do Copom, que se encerrará apenas na terça-feira, após a publicação da ata da última reunião do colegiado.
Na semana passada, o BC cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual pela quarta reunião seguida, a 11,75%, e indicou manutenção do ritmo de afrouxamento monetário para os próximos encontros.
Sobre o cronograma de lançamento do real digital, também chamado de Drex, o diretor disse que o projeto 'vai avançar muito em 2024', mas que há possibilidade de o lançamento para a população e para as empresas vir só em 2025.
Na live, em meio à mobilização de meses de servidores do BC pela valorização da carreira, Moura disse esperar que a 'distorção' no tratamento dos funcionários da autarquia seja corrigida. Assim, ele se junta a um coro de membros da diretoria do BC, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, que expressou apoio público às reivindicações dos servidores.
(Por Bernando Caram e Luana Maria Benedito)
Escrito por Reuters
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