Por ordem de Trump, documentos sobre assassinato de JFK tornam-se públicos
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Por Steve Holland e Rich McKay
WASHINGTON (Reuters) - Milhares de páginas de documentos digitais relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963 estão agora disponíveis para historiadores, teóricos da conspiração e meros curiosos, a partir de ordens do presidente dos EUA, Donald Trump.
Uma primeira parcela de cópias eletrônicas de documentos foi disponibilizada no site dos Arquivos Nacionais na noite de terça-feira, após funcionários do Departamento de Justiça passarem horas analisando-os. Até as 22h30 (horário local), o Arquivo Nacional havia publicado 2.182 PDFs, totalizando 63.400 páginas. Trump havia dito um dia antes que a liberação ia abranger cerca de 80.000 páginas.
O setor de arquivos não respondeu imediatamente a um pedido de comentário nesta quarta-feira sobre a possibilidade de liberação de mais documentos em breve em resposta a uma ordem de Trump em janeiro.
A coleção do arquivo sobre o assassinato de Kennedy tem mais de seis milhões de páginas de registros, a grande maioria desclassificada e tornada pública antes da ordem de Trump.
Os documentos digitais divulgados na terça-feira oferecem uma janela para o clima de medo que cercava as relações dos EUA com a União Soviética logo após a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962, que quase levou a uma guerra nuclear.
Especialistas duvidam que a nova versão mude o que se sabe sobre o assassinato de JFK, como Kennedy é conhecido, em Dallas, em 22 de novembro de 1963. É provável, no entanto, que a divulgação intrigue as pessoas há muito tempo fascinadas por um período dramático da história, pelo assassinato e pelo próprio Kennedy.
Fredrik Logevall, professor de história de Harvard que escreveu sobre JFK, disse por email que os novos documentos podem ajudar a preencher o quadro.
'É importante que toda a documentação seja divulgada, de preferência de forma não editada. Mas não espero novas revelações dramáticas que alterem de alguma forma fundamental nossa compreensão do evento', disse.
(Reportagem de Steve Holland, Rich McKay e Donna Bryson)
Escrito por Reuters