O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.
As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.
Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos
De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como
Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido
assédio sexual,
agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa,
Frances Robinson, que também é citada como
co-ré no processo.
As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por
medo de represálias,
perda do emprego e
vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu
status migratório nos Estados Unidos.
Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais
Frances Robinson também é citada por conivência e racismo
Além de
Smokey Robinson, o processo responsabiliza
Frances Robinson por omissão e
conivência com os abusos, além de contribuir para um
ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar
termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.
Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais
As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de
violações das leis trabalhistas, como
não pagamento de salário mínimo,
ausência de horas extras, e
falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos
US$ 50 milhões em
danos morais, materiais e punitivos.