PP vê caminho para o poder na Espanha após extrema-direita reduzir exigências
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Por Charlie Devereux
MADRI (Reuters) - O conservador Partido Popular (PP) disse nesta segunda-feira que acredita que pode romper um impasse político e formar um governo na Espanha depois que o Vox, de extrema-direita, deu a entender que não insistirá em fazer parte de uma coalizão em troca de seu apoio.
O Vox disse no domingo que seus 33 parlamentares 'apoiariam uma maioria' para o bloco de direita na câmara baixa do Parlamento espanhol para impedir que o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) fizesse pactos com separatistas catalães e bascos e formasse o que o partido de extrema-direita descreveu como 'um governo de destruição nacional'.
O coordenador geral do PP, Elías Bendodo, disse que o gesto abriria caminho para que outros partidos menores que se opunham ao envolvimento do Vox apoiassem o PP em uma votação.
'As regras do jogo mudaram e, portanto, as partes que anteriormente assumiram posições (agora enfrentam) circunstâncias diferentes', disse Bendodo à Rádio Cope nesta segunda-feira.
Mas a afirmação de Bendodo foi rapidamente refutada pelo Partido Nacionalista Basco (PNV), que disse na plataforma de mídia social X que sua posição não mudou. O PNV disse que não negociará com o PP a formação de um governo envolvendo o Vox.
A eleição na Espanha no mês passado terminou em um impasse, sem que os blocos de direita ou de esquerda conquistassem assentos suficientes para obter a maioria.
O PP e o Vox, vistos como potenciais parceiros de coalizão durante a campanha, conquistaram 170 assentos na Câmara dos Deputados, com 350 assentos, ficando aquém dos 176 parlamentares necessários para garantir a maioria.
Como o PP conquistou o maior número de assentos, o rei da Espanha, Felipe 6, deve dar ao partido a primeira chance de formar um governo quando o Parlamento for convocado em 17 de agosto.
O PSOE, que junto com o aliado Sumar conquistou 152 assentos, também tem um caminho para o poder, mas precisará de negociações difíceis com os separatistas catalães, incluindo o linha-dura Junts, que diz querer uma nova votação sobre a independência da Catalunha em troca.
Escrito por Reuters
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