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Prefeito de NY defende chatbot que aconselhou empresários a infringir a lei

Placeholder - loading - Prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, em coletiva de imprensa em NY, EUA 3/4/2024 REUTERS/Brendan McDermid/Arquivo
Prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, em coletiva de imprensa em NY, EUA 3/4/2024 REUTERS/Brendan McDermid/Arquivo

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Por Jonathan Allen

NOVA YORK (Reuters) - O prefeito de Nova York, Eric Adams, está defendendo o novo chatbot da cidade, criado com base em inteligência artificial, mesmo que ele tenha dado recentemente informações e conselhos errados a empresários e que, se seguidos, os fariam infringir a lei.

Ao ser lançado em outubro, em uma versão piloto, o chatbot MyCity foi classificado como o primeiro uso desse tipo de tecnologia de IA para toda uma cidade, algo que daria aos empresários 'informações acionáveis e confiáveis' em resposta a consultas digitadas em um portal online.

Porém, não foi bem assim: jornalistas do veículo de comunicação investigativo The Markup reportaram pela primeira vez, na semana passada, que o chatbot estava dando informações erradas. O sistema aconselhou erroneamente que os patrões poderiam tomar uma parte da gorjeta dos seus empregados, e que não havia leis que exigissem dos chefes um aviso aos funcionários sobre mudanças de escala.

'Está errado em algumas áreas e temos de arrumá-lo', afirmou Adams, que é do Partido Democrata, a jornalistas, enfatizando que se trata de um programa piloto. 'Toda vez que você usa tecnologia, precisa colocá-la em um ambiente real para depois resolver os problemas', acrescentou.

Adams tem defendido avidamente o uso de tecnologias não testadas na cidade. O prefeito colocou um robô de cerca de 200 quilos na estação de metrô sob a Times Stares no ano passado, acreditando que ajudaria a polícia no combate ao crime. O objeto foi aposentado em cinco meses, com os passageiros destacando que ele não fazia muita coisa e não conseguia usar as escadas.

O chatbot permanecia online nesta quinta-feira e ainda espalhando desinformação. O sistema disse que lojistas têm o direito de não aceitar dinheiro físico, mas uma lei municipal de 2020 proíbe essa prática. O robô também acha que o salário mínimo da cidade é de 15 dólares por hora, quando na verdade é de 16 dólares, tendo sido aumentado neste ano.

(Reportagem de Jonathan Allen em Nova York)

Escrito por Reuters

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