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Premiê britânica May deixa liderança do Partido Conservador

Placeholder - loading - Premiê britânica, Theresa May 11/07/2016 REUTERS/Neil Hall/File Photo
Premiê britânica, Theresa May 11/07/2016 REUTERS/Neil Hall/File Photo

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LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, renunciará à liderança do Partido Conservador nesta sexta-feira, desencadeando oficialmente uma disputa para substituí-la que pode levar a legenda a adotar uma postura mais rígida a respeito da separação britânica da União Europeia.

May anunciou sua saída no mês passado, depois de fracassar na concretização do Brexit dentro do prazo, aprofundando uma crise política em um país dividido que luta para seguir em frente após o referendo de 2016 sobre a desfiliação.

Ela continuará a atuar como premiê interina até seu partido eleger um novo líder, uma disputa acirrada que será definida pelo Brexit e por abordagens diferentes sobre como realizar a maior mudança na política externa nacional em mais de 40 anos.

'No restante de seu tempo no cargo, ela levará adiante a agenda doméstica que colocou no cerne de sua gestão', disse o porta-voz de May a repórteres.

May, antes uma apoiadora relutante da filiação à UE que emergiu do caos surgido após o referendo de 2016 como uma escolha 'firme', renuncia sem cumprir sua principal promessa: tirar o Reino Unido do bloco e sanar as divisões da nação.

Sua equipe tem se empenhado em moldar seu legado para além do fiasco do Brexit, mas ela deixa a seu sucessor uma nação na qual as divergências políticas tradicionais estão sendo erodidas por convicções firmes sobre se o Reino Unido deveria ou não deixar a UE e como deveria fazê-lo.

A disputa para substituí-la está esquentando há semanas, e os candidatos discutem os prós e contras do chamado Brexit sem acordo.

As candidaturas oficiais serão apresentadas em 10 de junho, e o processo seletivo será concluído até o final de julho.

Boris Johnson, ex-secretário das Relações Exteriores, é o favorito. Ele defende uma postura mais rígida no Brexit, dizendo que o Reino Unido deveria sair com ou sem acordo até o novo prazo de 31 de outubro, e está tentando persuadir os conservadores de que ele, que também foi prefeito de Londres, é o único candidato capaz de vencer uma nova eleição nacional para o Partido Conservador.

Outros postulantes bem posicionados estão tentando alcançá-lo, e o atual chanceler, Jeremy Hunt, e o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove, têm uma postura mais moderada no tocante ao Brexit.

(Por Elizabeth Piper)

Escrito por Reuters

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