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Premiê francês decide forçar aprovação de lei orçamentária e corre risco de ser destituído, diz mídia

Placeholder - loading - Primeiro-ministro da França, Michel Barnier, discursa durante sessão de debates no Parlamento, em Paris 02/12/2024 REUTERS/Sarah Meyssonnier
Primeiro-ministro da França, Michel Barnier, discursa durante sessão de debates no Parlamento, em Paris 02/12/2024 REUTERS/Sarah Meyssonnier

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Por Elizabeth Pineau e Dominique Vidalon

PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, decidiu forçar a aprovação de um projeto de lei sobre seguridade social, que é parte do Orçamento de 2025, sem a necessidade de uma votação no Parlamento, o que o deixa vulnerável a ser derrubado do cargo em um voto de desconfiança por rivais de extrema-direita e esquerda, informou a mídia local nesta segunda-feira.

Depois de fazer uma concessão de última hora para ganhar o apoio do partido de extrema-direita Reunião Nacional à proposta, Barnier decidiu invocar o artigo 49.3 da Constituição para aprovar o projeto de lei sem votação, informou a mídia francesa. Essa medida deverá desencadear uma moção de desconfiança que o RN e a esquerda disseram que usarão para derrubar o governo de Barnier.

Antes da votação na Assembleia Nacional, a chefe do RN, Marine Le Pen, disse que queria que o primeiro-ministro fizesse mais concessões e descartasse os planos de parar de vincular as pensões à inflação em 1º de janeiro.

'Cabe ao governo aceitá-lo ou não', disse ela, deixando em aberto uma pequena janela para novas negociações antes que a medida 49.3 seja invocada.

As dificuldades de Barnier para aprovar o Orçamento de 2025 em um Parlamento profundamente dividido ameaçam mergulhar a segunda maior economia da zona do euro em sua segunda crise política em seis meses, destacando a instabilidade que se instalou nas capitais de toda a UE.

Desde que foi formado em setembro, o governo minoritário de Barnier tem contado com o apoio da RN para sua sobrevivência. O projeto de lei orçamentária, que busca controlar o déficit público em espiral da França por meio de 60 bilhões de euros em aumentos de impostos e cortes de gastos, pode romper esse vínculo tênue.

(Reportagem adicional de Sudip Kar-Gupta e Michel Rose)

Escrito por Reuters

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