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Governo de Portugal rejeita pagamento para reparar legado colonial

Placeholder - loading - Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa   9/11/2023   REUTERS/Pedro Nunes
Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa 9/11/2023 REUTERS/Pedro Nunes
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Por Sergio Goncalves

LISBOA (Reuters) - O governo de Portugal disse no sábado que se recusa a iniciar qualquer processo para pagar reparações pelas atrocidades cometidas durante a era escravagista e colonial, ao contrário de comentários anteriores do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Entre os séculos 15 e 19, seis milhões de africanos foram sequestrados, transferidos a força pelo Atlântico em navios portugueses e vendidos como escravos, principalmente para o Brasil.

Rebelo de Sousa disse no sábado que Portugal poderia usar vários métodos para pagar reparações, como cancelar dívidas de ex-colônias e fornecer financiamento.

O governo afirmou em comunicado enviado à agência de notícias portuguesa Lusa que pretende “aprofundar as relações mútuas, o respeito pela verdade histórica e uma cooperação cada vez mais intensa e estreita, baseada na reconciliação de povos irmãos”.

Mas acrescentou que “não tem nenhum processo ou programa de ações específicas” para o pagamento de reparações, observando que esta linha foi seguida por governos anteriores.

Chamou as relações com as ex-colônias de 'verdadeiramente excelentes' e citou a cooperação em áreas como educação, língua, cultura, saúde, além da cooperação financeira e econômica.

Na terça-feira, o presidente disse que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial e sugeriu que reparações são necessárias.

Suas palavras provocaram fortes críticas de partidos de direita, incluindo o parceiro júnior da coalizão governista Aliança Democrática, o CDS-Partido Popular, e o partido de extrema-direita Chega.

O líder da bancada parlamentar do CDS-Partido Popular, Paulo Nuncio, afirmou na quinta-feira que seu partido “não precisa revisitar legados coloniais e deveres de reparação que parecem importados de fora”.

O líder do Chega, André Ventura, disse que o comportamento do presidente foi uma “traição para o país”.

“Não podemos varrer isso para debaixo do tapete ou colocar em uma gaveta. Temos uma obrigação de pilotar, de liderar esse processo (de reparação)”, disse o presidente a repórteres neste sábado.

Ele afirmou que o país precisa assumir “responsabilidade pelos aspectos bons e ruins do que aconteceu no Império e tirar as consequências”.

A era colonial do país durou mais de cinco séculos, com Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e alguns territórios na Ásia sujeitos ao domínio português.

A descolonização de países africanos e o fim do império africano aconteceu apenas meses depois da “Revolução dos Cravos” em 25 de abril de 1974, que derrubou a mais longa ditadura fascista da Europa e deu início à democracia.

Rebelo de Sousa disse que as reparações podem assumir formas diferentes, “como perdão de dívida” para países que foram colonizados, “linhas de crédito, financiamento e programas especiais de cooperação”.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia JOHN FOGERTY CELEBRA 80 ANOS

JOHN FOGERTY CELEBRA 80 ANOS

John Fogerty, lendário vocalista e fundador da banda Creedence Clearwater Revival, surpreendeu os fãs em seu aniversário de 80 anos, comemorado na quarta-feira, 28 de maio de 2025, com um anúncio histórico: o lançamento do álbum “Legacy: The Creedence Clearwater Revival Years”, que reúne novas versões de seus maiores sucessos — agora gravadas do seu jeito e com total liberdade artística.

Um presente para os fãs: regravações feitas com liberdade e emoção

Após uma longa batalha judicial pelos direitos autorais das canções do Creedence, Fogerty finalmente conquistou o que sempre foi seu por direito. E para celebrar essa vitória, o artista decidiu revisitar 20 clássicos atemporais que embalaram gerações, desta vez com um toque pessoal inédito.

“Queria dar aos fãs algo especial. Essa foi a minha forma de homenagear o passado e abrir um novo capítulo na minha vida musical”, declarou Fogerty à Rolling Stone.

“John’s Version”: nova sonoridade, mesma essência

A regravação das faixas — batizadas com a assinatura “John’s Version” — foi feita ao lado de seus filhos Shane e Tyler Fogerty, tornando o projeto um verdadeiro registro familiar. As novas versões de “Have You Ever Seen The Rain”, “Up Around The Bend” e “Porterville” já estão disponíveis nas plataformas digitais e mostram uma sonoridade mais clara, com maior fidelidade e profundidade, como destacou o próprio músico.

Segundo ele, a intenção não era reinventar os arranjos, mas manter-se fiel à essência das originais:

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