Veja todas as Notícias.Presidente do conselho da Telecom Italia vai deixar o cargo
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Por Elvira Pollina e Giselda Vagnoni
MILÃO (Reuters) - O presidente do conselho de administração da Telecom Italia, Salvatore Rossi, não buscará reeleição quando seu mandato terminar no próximo ano, disse o executivo à Reuters nesta quarta-feira.
A decisão de Rossi ocorre depois que a companhia aprovou a venda de sua rede de telefonia fixa para a norte-americana KKR por 19 bilhões de euros.
Rossi, ex-integrante do alto escalão do banco central da Itália, deverá informar os diretores sobre seus planos na quinta-feira, de acordo com uma fonte informada sobre o assunto.
A diretoria que está deixando o cargo dará início ao processo de elaboração de uma lista de candidatos a serem votados pelos acionistas na reunião anual da empresa em abril.
Rossi, de 74 anos, preside o conselho da Telecom Italia desde 2019. A Vivendi, principal acionista da companhia, entrou em conflito com o executivo sobre questões de governança corporativa em várias ocasiões e procurou repetidamente substituí-lo.
A gigante francesa da mídia, que detém uma participação de 24% na Telecom Italia, não tem nenhum assento no conselho de administração da operadora italiana. O banco estatal italiano CDP, que é o segundo maior investidor da companhia, tem um representante no colegiado.
Defendido pelo presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, como um acordo histórico para reduzir a dívida da empresa, a venda da rede foi considerada ilegal pela Vivendi, que preferia ter um preço mais alto pelo ativo e exigiu uma votação dos acionistas sobre o negócio com a KKR.
O mercado espera que a Vivendi apresente na sexta-feira uma queixa em um tribunal de Milão para contestar a venda da rede, disseram duas outras fontes.
Na opinião da Vivendi, os acionistas que discordam do negócio com a KKR devem ser compensados e a finalização do acordo deve ser suspensa até que os juízes decidam sobre o caso, de acordo com as fontes.
A Telecom Italia afirmou que o conselho de administração, que no mês passado aprovou a venda da rede com voto favorável de 11 dos 14 diretores presentes à reunião, agiu dentro de seus direitos. A empresa espera finalizar o negócio até meados do próximo ano.
Escrito por Reuters
