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Presidente do Equador dissolve Parlamento e antecipa eleições

Placeholder - loading - Presidente do Equador, Gullermo Lasso, presta depoimento na Assembleia Nacional do país em Quito 16/05/2023 REUTERS/Karen Toro
Presidente do Equador, Gullermo Lasso, presta depoimento na Assembleia Nacional do país em Quito 16/05/2023 REUTERS/Karen Toro

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Por Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu a Assembleia Nacional por decreto nesta quarta-feira, antecipando eleições legislativas e presidenciais, um dia depois de apresentar sua defesa em um processo de impeachment.

Lasso nega as acusações de que fez vista grossa a um suposto caso de corrupção relacionado a um contrato da empresa estatal de transporte de petróleo Flopec, dizendo que seu governo fez alterações no documento assinado anos antes de sua posse para beneficiar o Estado, a conselho da controladoria do Equador.

A maioria dos parlamentares apoiou uma resolução dizendo que Lasso permitiu que o contrato corrupto continuasse, embora um comitê de supervisão do Congresso, que ouviu depoimentos de parlamentares da oposição, autoridades e o advogado de Lasso, não tenha recomendado o impeachment em seu relatório.

Cerca de 92 votos da legislatura de 137 membros seriam necessários para remover Lasso do cargo. A votação para continuar o processo recebeu 88.

A Constituição do país consagra a chamada 'morte de mão dupla' -- permitindo que Lasso convoque eleições tanto para seu cargo quanto para a assembleia sob certas circunstâncias, inclusive se ações do Legislativo estiverem bloqueando o funcionamento do governo.

Lasso invocou a medida citando a grave crise política no Equador.

Ele permanecerá no cargo por até seis meses, governando por decreto, enquanto as autoridades eleitorais nacionais marcam a data das eleições.

O tribunal eleitoral do Equador deve decidir sobre uma data para novas eleições dentro de sete dias após a dissolução da assembleia.

Escrito por Reuters

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