Primeira mulher a liderar Forças Armadas do Canadá assume a função
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Por Ismail Shakil
A general Jennie Carignan assumiu a função de chefe da equipe de defesa do Canadá nesta quinta-feira, em uma cerimônia que a tornou a primeira mulher a comandar as Forças Armadas do país.
Formada como engenheira militar, Carignan comandou tropas no Afeganistão, Bósnia-Herzegovina, Iraque e Síria durante seus 35 anos no Exército canadense.
'Sinto-me pronta, preparada e apoiada para enfrentar esse desafio múltiplo', disse Carignan no Canadian War Museum, em Ottawa.
'Os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, o aumento das tensões em outras partes do mundo, as mudanças climáticas, o aumento da demanda por nosso pessoal no país e no exterior e as ameaças aos nossos valores e instituições democráticas são apenas alguns dos desafios complexos aos quais precisamos nos adaptar e combater', afirmou Carignan.
Carignan substitui o general Wayne Eyre, que atuou como principal comandante militar desde 2021, em um momento em que o Canadá pretende aumentar os gastos com defesa e modernizar suas Forças Armadas.
Na semana passada, o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou a intenção de seu governo de atingir a meta de gastos com defesa da Otan de 2% do PIB até 2032. Espera-se que os gastos com defesa do Canadá sejam de 1,39% do PIB no ano fiscal de 2024-25, de acordo com as projeções do governo.
As Forças Armadas estão lutando para atingir as metas de recrutamento e têm demorado a substituir equipamentos obsoletos.
Em novembro passado, o chefe da Marinha disse que o serviço militar estava em 'estado crítico' e poderia não ser capaz de realizar suas tarefas básicas em 2024.
'Estamos enfrentando muitos desafios internos, como recrutamento e retenção', disse Carignan. 'Sabemos quais são os desafios que enfrentamos e o que precisamos fazer para enfrentá-los.'
Trudeau, que chamou Carignan de 'um modelo para todos os canadenses e para o mundo', tem adotado políticas destinadas a aumentar a igualdade de gênero desde que assumiu o cargo em 2015.
Escrito por Reuters
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