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Primeiro-ministro do Japão renuncia por motivos de saúde

Placeholder - loading - Shinzo Abe durante entrevista na residência oficial em Tóquio, Japão  28/8/2020 Franck Robichon/Pool via REUTERS
Shinzo Abe durante entrevista na residência oficial em Tóquio, Japão 28/8/2020 Franck Robichon/Pool via REUTERS
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Por Linda Sieg e Kiyoshi Takenaka

TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, premiê que mais tempo ficou no cargo na história do país, anunciou sua renúncia nesta sexta-feira por problemas de saúde, encerrando um período à frente da terceira maior economia do mundo no qual ele buscou reavivar o crescimento do país e impulsionar as capacidades de defesa.

Abe luta contra uma colite ulcerosa há anos e duas visitas recentes que fez a um hospital no espaço de uma semana levantaram questionamentos sobre a permanência no cargo até o final de seu mandato como líder do partido governista e, portanto, premiê, em setembro de 2021.

'Não posso continuar como primeiro-ministro se não tenho a confiança de que posso cumprir com as funções que me foram confiadas pelo povo', disse Abe, de 65 anos, na entrevista coletiva em que anunciou sua renúncia.

Ele disse que quis evitar um vácuo político no país em um momento em que o Japão lida com o novo coronavírus.

'Peço desculpas do fundo do meu coração por, apesar de todo o apoio do povo japonês, estar deixando o cargo com um ano inteiro faltando para o fim do meu mandato', disse Abe, com lágrimas nos olhos e voz embargada.

Foi a segunda vez que ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro por causa de problemas de saúde.

Com a notícia da renúncia, o índice Nikkei, referência do mercado acionário japonês, fechou em queda de 1,41%.

A renúncia vai deflagrar uma corrida pela liderança do governista Partido Liberal Democrata (PLD) --provavelmente em entre duas a três semanas-- e o vencedor deve ser formalmente eleito no Parlamento. O novo líder do partido ocupará o posto de premiê pelo restante do mandato atual.

Shigeru Ishiba, ex-ministro da Defesa, e Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores, expressaram interesse no cargo, noticiou a mídia local. Entre outros cujos nomes foram aventados está Yoshihide Suga, secretário-chefe de gabinete e aliado próximo de Abe.

Quem quer que vença a eleição partidária, provavelmente manterá as políticas deflacionárias da 'Abenomics', agora que o país sofre com o impacto do novo coronavírus, mas pode ter dificuldades para copiar a longevidade política de Abe – que pode ser seu maior legado.

'O quadro geral continua intacto. Em termos de política econômica e fiscal, o foco continua essencialmente na deflação', disse Jesper Koll, conselheiro-sênior da administradora de ativos WisdomTree Investments. 'A longevidade será uma luta.'

Na segunda-feira, Abe superou o recorde de tempo de um premiê na função, estabelecido por seu tio-avô, Eisaku Sato, meio século atrás.

'Como chefe do partido governista, ele trabalhou duro na Abenomics durante oito anos', disse Naohito Kojima, funcionário de corretagem de 55 anos.

'Houve vários problemas, mas se o líder fosse outro, é questionável se teria conseguido manter um governo estável por tanto tempo quanto o senhor Abe. Ele realizou várias negociações diplomáticas, e acho que os prós superam os contras..

Abe foi elogiado por reafirmar a presença japonesa na arena global depois de anos de premiês de vida curta na função.

Sua renúncia ocorre em um ambiente geopolítico incerto, que inclui um confronto crescente entre os Estados Unidos e a China e a iminência da eleição presidencial norte-americana em novembro.

APOIO DECLINANTE

Alvo de críticas pela maneira como lidou com o coronavírus e devido a escândalos entre correligionários, Abe viu seu apoio recuar para um dos níveis mais baixos de seus quase oito anos no governo.

O Japão não teve o aumento explosivo de casos de vírus como em outros locais – o país teve quase 67 mil casos e 1.255 mortes até agora –, mas Abe foi atacado por causa de uma reação inicial confusa, e o que críticos viram como falta de liderança à medida que as infecções se disseminaram.

A economia japonesa sofreu sua maior retração já registrada no segundo trimestre, quando a pandemia esvaziou os shopping centers e derrubou a demanda por carros e outras exportações, reforçando a defesa de ações mais ousadas para evitar uma recessão profunda.

Abe renunciou ao seu primeiro mandato de premiê em 2007, citando a saúde frágil após um ano assolado por escândalos em seu gabinete e uma grande derrota eleitoral de seu partido governista. Desde então, ele vinha mantendo a doença sob controle com remédios que não estavam disponíveis antes.

(Reportagem adicional da redação de Tóquio)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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