Prisioneiros voltam para casa após acordo de troca entre EUA e Irã
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Por Andrew Mills e Humeyra Pamuk e Parisa Hafezi
DOHA/NOVA YORK (Reuters) - Cinco norte-americanos libertados do Irã fizeram um retorno emocionado para casa nesta terça-feira, encerrando o 'pesadelo' da prisão, um dia depois de terem sido trocados por cinco iranianos detidos nos Estados Unidos mais o descongelamento de 6 bilhões de dólares em fundos iranianos.
Ao descerem do avião, os norte-americanos que retornaram foram abraçados por familiares e amigos com sorrisos e emoção visível, como mostram as imagens de vídeo do aeroporto. Um dos que voltou para casa acenou brevemente com uma pequena bandeira nacional que lhe foi entregue.
'O pesadelo finalmente acabou', disse Babak Namazi, falando com o braço em volta de seu irmão Siamak, que retornou ao Fort Belvoir, na Virgínia.
A cerimônia de boas-vindas seguiu-se a uma troca cuidadosamente coreografada, acordada após meses de negociações mediadas pelo Catar, que foi acionada na segunda-feira, quando os fundos que haviam sido bloqueados na Coreia do Sul foram transferidos, via Suíça, para bancos em Doha.
Depois que a transferência foi confirmada, os cinco prisioneiros e dois parentes decolaram de Teerã em um avião do Catar, ao mesmo tempo em que dois dos cinco iranianos detidos pousaram em Doha a caminho de casa. Três iranianos optaram por não ir para o Irã.
Entre os norte-americanos libertados estão Siamak Namazi, de 51 anos, e Emad Sharqi, de 59 anos, ambos empresários, e Morad Tahbaz, de 67 anos, ambientalista que também tem nacionalidade britânica. Outros dois não foram identificados publicamente.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou o retorno dos prisioneiros para casa em uma declaração na segunda-feira, mas seu governo também anunciou novas sanções. 'Continuaremos a impor custos ao Irã por suas ações provocativas na região'.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, chamou a troca de uma ação humanitária. 'Certamente pode ser um passo com base no qual, no futuro, outras ações humanitárias poderão ser tomadas', acrescentou.
Escrito por Reuters
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