Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Anfavea cobra proteção comercial e regulamentação de medidas, cita ameaça a empregos e investimento

Placeholder - loading - Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP 28/06/2023. REUTERS/Leonardo Benassatto
Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP 28/06/2023. REUTERS/Leonardo Benassatto
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - Os investimentos bilionários alardeados pelo setor automotivo no Brasil correm o risco de serem revistos após a implementação das tarifas de importação dos Estados Unidos e pela carência de mecanismos de proteção comercial implementados pelo governo federal, afirmou o presidente da associação de montadoras, Anfavea, nesta terça-feira.

'Muitos investimentos que serão feitos no Brasil e Argentina deixarão de ser realizados diante da capacidade ociosa que se forma no México', disse Márcio de Lima Leite em sua última entrevista a jornalistas como presidente da entidade. 'O Brasil pode ter esse impacto', acrescentou.

O executivo citou que, como os Estados Unidos mantêm elevadas tarifas de importação de veículos, 'boa parte dos investimentos' pela indústria automotiva serão feitos no país no médio prazo, deixando uma capacidade ociosa elevada no México, cujas fábricas receberam recursos nos últimos anos para servirem de plataforma de exportação para os EUA.

Segundo a Anfavea, no ano passado, o México exportou aos EUA 3,2 milhões de veículos, o que correspondeu a 76% de sua produção. Os percentuais dos outros dois principais exportadores de veículos para os EUA, Canadá e México, foram de 69% e 38%, disse a entidade, citando ainda que o mercado dos EUA pode encolher em 1 milhão de veículos no curto prazo após as elevações tarifárias anunciadas por Donald Trump.

'Para utilizar essa capacidade (ociosa no México), investimentos que seriam feitos na América Latina deixarão de ser feitos para se utilizar mais o México', disse o presidente da Anfavea. 'As empresas (montadoras) são as mesmas, o bolso é um só.'

'Por que eu vou investir no Brasil, se tenho capacidade ociosa no México, na Coreia e no Canadá?', exemplificou o presidente da entidade formada por montadoras como Stellantis, General Motors, Volkswagen, Toyota, Renault, Honda, e Hyundai.

'Algumas marcas serão mais impactadas, outras menos e outras não terão impacto', acrescentou, evitando comentar nomes.

A perspectiva de redirecionamento de parte da produção mexicana de veículos para o Brasil, segundo o executivo, é reforçada pelo acordo de livre comércio no setor entre ambos os países e pelo custo menor de produção no México, disse, sem dar detalhes.

Em março, a produção brasileira de veículos caiu 12,6% sobre fevereiro e 2,9% sobre um ano antes, para 190.008 unidades, algo que Leite atribuiu a um 'ajuste de estoques', que encerraram em 244,3 mil unidades ante 252,3 mil em fevereiro.

No trimestre, houve crescimento de 8,3%, para cerca de 583 mil veículos, alimentado em parte pelo forte incremento de exportações do Brasil para a Argentina, que cresceram 120% sobre um ano antes, para 67,6 mil unidades.

As vendas de veículos novos subiram 5,7% em março na comparação mensal e avançaram 4,2% na base anual, encerrando o trimestre com aumento de 7,2%. Em março, os emplacamentos somaram 195,5 mil veículos e no trimestre totalizaram 551,7 mil.

Segundo o presidente da Anfavea, o crescimento de março foi fomentado por vendas diretas, que normalmente carregam margens menores de lucro e que ocorrem entre grandes frotistas - como locadoras - e montadoras. Contribuíram também para o crescimento das vendas o volume de importados emplacados, disse o executivo.

COBRANÇAS

Na entrevista a jornalistas sobre o desempenho do setor em março, Leite afirmou que é 'urgente' a regulamentação pelo governo federal do programa automotivo Mover, com a implementação do chamado 'IPI Verde', que prevê alíquota reduzida ou mesmo zerada para veículos de baixa emissão de CO2.

O Mover foi criado via Medida Provisória no final de 2023 e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho do ano passado.

Segundo Leite, a não regulamentação é outro fator, aliado à guerra comercial iniciada pelos EUA, que prejudica a 'previsibilidade' dos investimentos de cerca de R$180 bilhões anunciados pelo setor automotivo nos primeiros anos do terceiro mandato de Lula.

O presidente da Anfavea também defendeu que o governo federal não deve aprovar três pedidos de grupos chineses para redução de imposto de importação sobre CKDs e SKDs de carros elétricos e híbridos. As siglas se referem a kits de peças produzidas em outros país e que são usadas para montagem de veículos inteiros no Brasil.

Leite não citou quando os pedidos foram feitos ao governo ou qual grupo apresentou os pleitos. Atualmente, segundo a Anfavea, o imposto de SKD varia de 20 a 35% e em CKD de 7% a 35% e os pedidos querem uma redução para 10% e 5%, respectivamente.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) não pôde se pronunciar de imediato.

'Não há ambiente para isso avançar e se avançar vai ter impacto em empregos e investimentos', afirmou o presidente da Anfavea.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

LINK

1 D
  1. Home
  2. noticias
  3. producao de veiculos encolhe …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.