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Produção industrial no Brasil frustra expectativas e fica estagnada em janeiro

Placeholder - loading - Fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais 20/05/2020. REUTERS/Washington Alves
Fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais 20/05/2020. REUTERS/Washington Alves
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção da indústria no Brasil frustrou as expectativas e ficou estagnada em janeiro, iniciando um ano em que a expectativa é de que o setor sofra desaceleração em meio a condições mais restritivas.

A variação nula de janeiro na comparação com dezembro interrompeu três meses de taxas negativas, mas ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de um aumento de 0,5% nessa base de comparação.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,4% na produção, contra expectativa de 2,3%.

Em 2024, a indústria apresentou crescimento de 3,3%, de acordo com os números do Produto Interno Bruto divulgados neste mês pelo IBGE. Segundo analistas, a perspectiva agora é de que o setor sofra uma desaceleração gradual ao longo deste ano.

Pesam sobre a produção os juros elevados por período prolongado, o que pode restringir os investimentos, bem como a taxa de câmbio e a inflação elevada.

O Banco Central já elevou a taxa básica de juros Selic a 13,25% ao ano, com efeitos que devem ser sentidos ao longo de 2025. A autoridade monetária volta a se reunir em 18 e 19 de março, e já indicou novo aumento de 1 ponto percentual.

'A gente entende que a indústria vive uma processo de desaceleração por conta da política monetária, que afeta o crédito às famílias', avaliou André Macedo, gerente da pesquisa no IBGE. 'O consumo das famílias está claramente afetado por conta da Selic, inflação mais alta, especialmente de alimentos, e ainda o crédito menos farto'.

Os dados da pesquisa sobre a indústria mostraram que em janeiro 18 dos 25 ramos pesquisados mostraram avanço na produção, com destaque para máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).

Macedo ressalta que essas atividades tiveram comportamento negativo no final de 2024 em meio a férias coletivas no período.

'Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por conta dessa volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024', explicou.

Na outra ponta, a queda de 2,4% na produção das indústrias extrativas exerceu o maior impacto negativo em janeiro, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, influenciada segunda o IBGE pelos seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro.

Também pesaram os desempenhos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%); de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%); e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, a fabricação de Bens Intermediários teve queda de 1,4%, enquanto a de Bens de Capital aumentou 4,5% e a de Bens de Consumo subiu 3,6% em janeiro sobre o mês anterior.

'Apesar dos desafios impostos pela desaceleração da economia global e pelo prolongado período de juros elevados, acreditamos que a retração (da indústria) será moderada. Fatores como uma balança comercial sólida e políticas governamentais de estímulo à atividade econômica devem ajudar a mitigar os impactos negativos', disse Igor Cadilhac, economista do PicPay, calculando em 2025 crescimento de 2% na produção industrial brasileira.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

Frances Robinson também é citada por conivência e racismo

Além de Smokey Robinson, o processo responsabiliza Frances Robinson por omissão e conivência com os abusos, além de contribuir para um ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.

Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de violações das leis trabalhistas, como não pagamento de salário mínimo, ausência de horas extras, e falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos US$ 50 milhões em danos morais, materiais e punitivos.

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