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Putin alerta para conflagração no Oriente Médio e debate a Ucrânia no Brics

Placeholder - loading - Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião de cúpula do Brics na cidade russa de Kazan 24/10/2024 Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião de cúpula do Brics na cidade russa de Kazan 24/10/2024 Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS

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Por Vladimir Soldatkin e Guy Faulconbridge

KAZAN, RÚSSIA (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse aos líderes do Brics nesta quinta-feira que o Oriente Médio está à beira de uma guerra em grande escala após um aumento acentuado da tensão entre Israel e Irã, embora o chefe do Kremlin também tenha recebido apelos para acabar com a guerra na Ucrânia.

A cúpula do Brics, com a participação de mais de 20 líderes, incluindo o presidente da China, Xi Jinping, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, mostrou a profundidade das relações da Rússia além do mundo ocidental.

Grande parte da discussão na cúpula realizada na cidade russa de Kazan foi dedicada à guerra na Ucrânia e à violência no Oriente Médio, embora não tenha havido nenhum sinal de que algo específico seria feito para acabar com qualquer um dos conflitos.

'O grau de confronto entre Israel e Irã aumentou drasticamente. Tudo isso se assemelha a uma reação em cadeia e coloca todo o Oriente Médio à beira de uma guerra em grande escala', disse Putin, sentado ao lado de Xi Jinping.

Xi, falando depois de Putin, disse que a China quer um acordo político na Ucrânia e sugeriu que os esforços conjuntos de China e Brasil ofereciam a melhor chance de paz.

'Precisamos trabalhar para reduzir a escalada da situação e preparar o caminho para um acordo político', disse Xi.

Sobre o Oriente Médio, Xi disse que deveria haver um cessar-fogo abrangente em Gaza, uma interrupção da propagação da guerra no Líbano e um retorno à solução de dois Estados.

'CHAMAS DA GUERRA'

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, criticou as organizações internacionais, especialmente a Organização das Nações Unidas (ONU), por não conseguirem pôr fim ao conflito.

'As chamas da guerra continuam a se alastrar na Faixa de Gaza e nas cidades do Líbano, e as instituições internacionais, em especial o Conselho de Segurança da ONU, como um motor da paz e da segurança internacionais, não têm a eficácia necessária para apagar o fogo dessa crise', disse Pezeshkian na cúpula do Brics.

Putin disse que, a menos que os palestinos consigam seu Estado, eles sentirão o fardo da 'injustiça histórica' e a região permanecerá em 'um clima de crise permanente com inevitáveis recaídas de violência em larga escala'.

Os líderes do Brics, em sua declaração da cúpula, pediram o estabelecimento de um Estado palestino soberano, independente e viável dentro das fronteiras de 1967. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas participou da cúpula.

(Reportagem de Vladimir Soldatkin, em Kazan; Guy Faulconbridge e Ksenia Orlova, em Moscou; Joe Cash e Ethan Wang, em Pequim, e Parisa Hafezi, em Dubai)

Escrito por Reuters

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