Putin diz que mundo enfrenta década mais perigosa desde 2ª Guerra Mundial
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MOSCOU (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o mundo enfrenta a década mais perigosa desde a Segunda Guerra Mundial.
Em uma ofensiva contra os Estados Unidos e seus aliados, que ele acusou de incitar o conflito na Ucrânia, Putin afirmou que o Ocidente está jogando o que ele classificou como um jogo geopolítico 'perigoso, sangrento e sujo' que está semeando o caos em todo o mundo.
No fim das contas, disse Putin, o Ocidente terá que conversar com a Rússia e outras grandes potências sobre o futuro do mundo.
'O período histórico do domínio indiviso do Ocidente sobre os assuntos mundiais está chegando ao fim', declarou Putin, líder supremo da Rússia, ao Valdai Discussion Club.
'Estamos em uma fronteira histórica: à frente é provavelmente a década mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, importante desde o fim da Segunda Guerra Mundial.'
A Rússia não considera o Ocidente inimigo da Rússia, apesar da atual fase de confronto, acrescentou.
A Rússia enviou tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando o maior confronto com o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, nas profundezas da Guerra Fria, quando a União Soviética e os Estados Unidos chegaram mais perto de uma guerra nuclear.
Dezenas de milhares de pessoas foram mortas na Ucrânia enquanto o Ocidente impôs as sanções mais severas da história à Rússia, um dos maiores fornecedores mundiais de recursos naturais.
Questionado sobre uma potencial escalada nuclear, Putin disse que o perigo do uso de armas nucleares existirá enquanto existirem armas nucleares.
Putin classificou o conflito na Ucrânia como uma batalha entre o Ocidente e a Rússia pelo destino do segundo maior país eslavo oriental. Trata-se de, segundo ele, em parte uma 'guerra civil', já que russos e ucranianos são um só povo. Kiev rejeita categoricamente ambas as ideias.
Putin disse que pensa constantemente nas perdas russas na Ucrânia. Mas apenas a Rússia poderia garantir a integridade territorial da Ucrânia, acrescentou ele.
Escrito por Reuters
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