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Queimadas em Roraima disparam em 2024 e avançam sobre terras indígenas

Placeholder - loading - Fumaça de queimadas em Roraima 28/02/2024 REUTERS/Bruno Kelly
Fumaça de queimadas em Roraima 28/02/2024 REUTERS/Bruno Kelly
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Por Bruno Kelly e Ricardo Brito

BOA VISTA/BRASÍLIA (Reuters) - Os focos ativos de queimadas em Roraima dispararam nos dois primeiros meses de 2024 e praticamente já alcançaram o mesmo patamar de todo o ano passado, segundo dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), respondendo até o momento por quase 30% de todos os registros no país.

Os dados apontam ainda que as queimadas no Estado avançam sobre terras indígenas como o Território Yanomami, a maior do país e que atualmente convive com uma grave crise humanitária decorrente principalmente do garimpo ilegal de ouro.

Do início do ano até 27 de fevereiro, segundo dados do Inpe, foram 2.605 focos ativos de queimadas identificados em Roraima. O número é quase o total de focos que o Estado registrou durante todo o ano passado, 2.659.

Somente em fevereiro até o último dia 27, foram registrados 2001 focos em Roraima, um recorde histórico da série iniciada em 1998. Um único dia, 20 de fevereiro, teve impressionantes 538 registros. O mês de janeiro, com 604 focos, foi o pior resultado desde 2017.

Desde o início do ano, o Estado responde por 29,8% dos registros de focos de queimadas do Brasil, seguido por Mato Grosso, com 17,4% (1.525), e Pará, com 10,1% (554).

Apenas no bioma Amazônia, conforme os dados, Roraima responde por 53% dos focos identificados.

Dos 15 municípios do Estado, nove tiveram reconhecido no início da semana situação de emergência pelo governo federal devido à seca e às queimadas. Essa iniciativa facilita às prefeituras terem acesso a recursos para mitigar os efeitos.

As queimadas também avançam sobre terras indígenas no Estado. Dos 10 maiores focos registrados nesse tipo de território este ano, sete estão em Roraima, com os três primeiros lugares: respectivamente, TI Yanomami, com 250 focos somente no Estado, sem contar a parte amazonense; TI Raposa Serra do Sol, com 205 focos; e TI São Marcos, com 71 registros.

O tuxaua Cesar da Silva, liderança indígena da comunidade Tabalascada, afirmou que os focos de incêndio têm ocorrido na terra dele e de outras TIs, causando prejuízo a todos.

“Este ano é um ano atípico, desde o ano passado a gente tem sentido essa mudança muito grande. O ar está... a umidade está muito baixa e isso também tem acarretado problemas de doença nas famílias, principalmente nas crianças, e realmente a quentura ela está fora do normal”, disse ele à Reuters.

Em meio à situação crítica, o governo federal inaugurou na manhã desta quinta-feira a Casa de Governo em Boa Vista, capital de Roraima, para coordenar ações no Estado, em especial de proteção ao Território Yanomami.

O ato contou com a presença de uma grande comitiva de 11 ministros, como a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; do Meio Ambiente, Marina Silva; da Defesa, José Múcio Monteiro; da Justiça, Ricardo Lewandowski; da Saúde, Nísia Trindade; e da Casa Civil, Rui Costa.

Durante discurso de inauguração da Casa de Governo, Rui Costa admitiu que, ao chegar a Boa Vista, era 'visível' a fumaça decorrente das queimadas ao respirar. Exortou uma ação conjunta dos governos estadual e federal e da população.

'As queimadas prejudicam o meio ambiente, a saúde pública é um péssimo método de aumentar a produtividade agrícola', disse Costa, para quem é preciso acabar com a 'cultura do passado' de queimadas.

Também durante o lançamento da Casa, a ministra Marina Silva disse que as queimadas no Estado decorrem de uma 'combinação terrível' do El Niño -- fenômeno climático que promove uma elevação da temperatura na região --; mas também de incêndios criminosos e a mudança do clima.

'Por isso, essa ação conjunta de conter desmatamento; conter a queimada é fundamental para que a gente não veja o nosso povo sofrendo', ressaltou, ao citar que os focos de incêndio, em sua maioria, ocorrem em áreas do Estado.

O governador de Roraima, Antonio Denarium, também presente, disse que o Estado está trabalhando “fortemente” para combater os desmatamentos ilegais e os incêndios florestais, mencionou o verão seco e afirmou ainda que agentes estaduais visitaram 6 mil propriedades rurais e indígenas para conscientizar sobre o uso do fogo.

“Tivemos também muitos incêndios criminosos aqui no Estado que a Polícia Civil está trabalhando para identificar essas pessoas”, afirmou.

Questionada pela Reuters se há alguma investigação para apurar queimadas ilegais no Estado, a Superintendência da Polícia Federal em Roraima informou que a PF 'está acompanhando a questão das queimadas e do desmatamento', mas, por ora, não pode dar informações no momento 'a respeito de investigações em andamento'.

COMPLEXO

O porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, disse que o problema das queimadas em Roraima é 'complexo' e que envolve uma série de fatores como o El Niño; o período tradicionalmente menos chuvoso e mais quente no Estado; a greve do Ibama que reduziu operações contra queimadas ilegais; e a ação humana induzindo incêndios.

Para Batista, há um 'estado de emergência' que levou ao aumento do número de queimadas que decorre também de ações -- ou falta de -- ações dos governos estadual e federal para preservar territórios indígenas e unidades de conservação, além da concessão de licenças temporárias para queimadas legais. Segundo ele, os governos poderiam ter se preparado melhor para enfrentar essas questões porque era previsível que ocorressem em 2024 diante da grande seca do ano passado.

O representante do Greenpeace disse que, se nada for efetivamente feito, o mês de março também poderá registrar recordes negativos em relação a queimadas.

'Historicamente, os meses que mais queimam são justamente fevereiro e março, a gente tem inclusive em Roraima que o recorde é no mês de março e, não havendo alteração climática, a gente pode esperar também bastante queimada', apontou ele, para quem o mais importante é evitar que essas queimadas aconteçam.

'Uma vez em um clima seco como está, quente, também é uma época que tem mais vento, tudo isso alimenta e dificulta demais apagar esse fogo', ressaltou.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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