Quenianos procuram parentes entre vítimas de seita de jejum
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Por Duncan Miriri
MALINDI, Quênia (Reuters) - Dezenas de pessoas foram a um necrotério na cidade queniana de Malindi nesta quarta-feira em busca de notícias de parentes que eles temem estar entre os pelo menos 89 seguidores de uma seita que supostamente morreram de fome na esperança de ir para o céu.
O necrotério se encheu rapidamente desde que as autoridades começaram a desenterrar restos humanos na sexta-feira de covas rasas descobertas em uma área de cerca de 324 hectares da floresta Shakahola, onde a autoproclamada Igreja Internacional da Boa Nova estava baseada.
As mortes são uma das piores tragédias relacionadas a cultos na história recente e o número deve aumentar ainda mais, com a Cruz Vermelha do Quênia dizendo que mais de 300 pessoas foram dadas como desaparecidas.
'Meu coração está doendo muito', disse Mwachai Jombo, de 48 anos, morador de Malindi, na costa do Quênia, que foi ao necrotério em busca da esposa, filho e duas filhas desaparecidos.
Ele afirmou que sua esposa se juntou à seita e se mudou para a floresta há três anos, levando todos os utensílios domésticos da família e três dos filhos com ela. Ele contou que havia enviado a ela 7.000 xelins (50 dólares) para sua manutenção, mas ela deu a maior parte do dinheiro à seita.
Jombo também visitou o hospital em Malindi, onde os sobreviventes estavam sendo tratados, e um deles lhe disse que seus filhos estavam vivos. Ele não tinha confirmação do destino de nenhum de seus parentes e estava desesperado por notícias.
Até agora, as autoridades disseram que 81 corpos foram encontrados em valas comuns, enquanto oito pessoas foram encontradas vivas, mas depois morreram. O resgate de duas mulheres nesta quarta-feira eleva o número de sobreviventes para 36.
O líder do culto, Paul Mackenzie, se rendeu à polícia em 14 de abril e está detido junto com outros 14 membros do culto, segundo a polícia. A mídia queniana informou que Mackenzie está recusando comida e água.
Escrito por Reuters
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