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Realeza do Catar briga na Justiça do Reino Unido pelo diamante milionário

Placeholder - loading - Policiais montam guarda fora do Supremo Tribunal de Londres, Reino Unido 26/03/2024 REUTERS/Toby Melville
Policiais montam guarda fora do Supremo Tribunal de Londres, Reino Unido 26/03/2024 REUTERS/Toby Melville

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LONDRES (Reuters) - Dois ramos da família real do Catar iniciaram disputa por um diamante avaliado em milhões de dólares no Tribunal Superior de Londres nesta segunda-feira, com empresa administrada por primo do emir do Catar tentando fazer valer seu suposto direito de comprar a pedra preciosa de 70 quilates.

A disputa pelo diamante 'Idol's Eye' (olho do ídolo) coloca o colecionador de arte xeique Hamad bin Abdullah Al Thani, primo do governante do Catar, xeique Tamim bin Hamad Al Thani, contra parentes do ex-ministro da cultura xeique Saud bin Mohammed Al Thani.

O xeique Saud, que foi ministro da cultura do Catar entre 1997 e 2005, era um dos colecionadores de arte mais prolíficos do mundo e comprou o diamante Idol's Eye no início dos anos 2000.

Ele emprestou o diamante à QIPCO -- cujo executivo-chefe é o xeique Hamad bin Abdullah -- pouco antes de sua morte em 2014.

O acordo deu à QIPCO a opção de comprar o diamante com o consentimento da Elanus Holdings, uma empresa ligada aos parentes do xeique Saud.

A Elanus é de propriedade da Al Thani Foundation, sediada em Liechtenstein, cujos beneficiários são a viúva e os três filhos do xeique Saud.

Os dois lados discordam quanto ao valor da joia.

Os advogados da QIPCO afirmam que uma carta de 2020 enviada pelo advogado da Al Thani Foundation equivaleu a um acordo para vender o diamante Idol's Eye por 10 milhões de dólares e pede à Suprema Corte que ordene que a Elanus venda a joia à QIPCO.

A Elanus, no entanto, argumenta que a carta foi enviada por engano.

O advogado da Elanus, Sa'ad Hossain, disse nos autos do processo que o filho do xeique Saud, xeique Hamad bin Saud Al Thani, 'só tentou explorar a possibilidade de uma venda pelo preço certo', mas não consultou os outros beneficiários da fundação.

Hossain acrescentou que o especialista em diamantes da Elanus avaliou a pedra preciosa em cerca de 27 milhões, o que, segundo os advogados da QIPCO, foi uma tentativa de conseguir um preço de compra mais alto.

(Reportagem de Sam Tobin)

Escrito por Reuters

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