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Reforma da Previdência chega ao Congresso em meio a críticas e desconforto

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A reforma da Previdência chegou ao Congresso nesta quarta-feira, levada pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro, gerando críticas e um certo desconforto mesmo entre parlamentares mais identificados com o governo.

Os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do PRB, deputado federal Marcos Pereira (SP), não demoraram em criticar a proposta por não incluir mudanças nas aposentadorias dos militares. Os dois partidos são potenciais participantes da base governista --o PP tem 37 deputados e seis senadores, enquanto o PRB tem uma bancada de 30 deputados e um senador.

Os dois dirigentes partidários foram ao Twitter e apontaram a ausência dos militares na proposta, apesar da garantia do secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, de que o Executivo enviará ao Congresso um projeto de lei sobre a Previdência dos militares em 30 dias.

'A respeito da chegada da PEC da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, tenho a convicção de que, sem uma reforma que alcance também os militares, o texto apresentado não deveria sequer tramitar', escreveu Ciro em sua conta no Twitter.

Pereira foi mais ou menos na mesma linha.

'A ausência dos militares das Forças Armadas na proposta de reforma da Previdência enviada hoje por Bolsonaro à Câmara é um sinal ruim para a sociedade e pode dificultar o andamento da proposta entre os deputados', escreveu o parlamentar, que é primeiro vice-presidente da Câmara.

Em nota, o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, afirmou que as nova regras são “muito duras”. Aponta, entre outros pontos, que as idades mínimas de 62 anos para mulheres e 65 para homens ultrapassam a expectativa e vida da população em vários Estados e municípios.

Também defendeu “atenção especial” ao trabalhador do campo, que “dificilmente” conseguirá ter acesso ao benefício com a mudança nas regras.

“O Solidariedade irá trabalhar para modificar alguns pontos que não acha justo com os brasileiros”, disse o deputado.

OPOSIÇÃO

Também não faltaram comentários negativos sobre a reforma entre os partidos de oposição. Dentre os principais pontos levantados, está a ameaça aos mais pobres, a equiparação de idades de aposentadoria entre homens e mulheres em alguns casos, o curto período de transição e o forte endurecimento na concessão de benefícios assistenciais, além de mudanças nas regras da aposentadoria rural.

“Haverá reação na sociedade, haverá reação aqui dentro do Congresso porque mesmo aqui os deputados e deputadas sabem o que é o Nordeste brasileiro, sabem o que é trabalhar no campo, sabem o que é o benefício de prestação continuada, e sabem que nós temos 14 milhões de desempregados, 45 por cento da mão de obra na informalidade, e a sazonlaidade do trabalho é enorme”, discursou em plenário o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP).

A líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), alertou para o risco de “desconstitucionalização” da Previdência, já que o governo pretende promover mudanças posteriores via projetos de lei complementar, que exigem um quórum menor de aprovação do que o necessário para aprovar uma PEC.

Por se tratar de uma PEC, a proposta precisa de ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos de votação na Câmara em meio aos 513 deputados. Um projeto de lei complementar exige a chamada maioria absoluta, equivalente a 257 votos.

Seguindo a linha de seu campo político, o líder do PDT, André Figueiredo (CE), criticou, inclusive, a técnica legislativa do texto enviado nesta quarta ao Congresso.

“Pudemos constatar que assim como todos os atos do governo Bolsonaro até aqui, a proposta de reforma é extremamente confusa. O texto não está lúcido para que possamos nos ater e dizer ‘olha, isso aqui está bom, isso aqui está ruim’. No geral, está muito ruim”, avaliou o deputado.

FELIZ

O líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), por sua vez, como esperado, defendeu a proposta encaminhada e afirmou que a PEC é “mais uma prova de que o governo Bolsonaro se esforça para mudar o país e para melhorar a vida do cidadão”.

Vitor Hugo também destacou a participação e interesse de governadores estaduais na aprovação da PEC.

“Uma Previdência que vai fazer com que os mais pobres paguem menos e os mais ricos contribuam com mais, uma Previdência que vai fazer com que haja regras de transição. Regras de transição que sejam humanas, que sejam inteligentes, e que sejam coerentes e também que se preservem direitos adquiridos”, disse o líder.

Entre as novidades, da proposta, as novas regras prevêm a inclusão de políticos no regime geral de Previdência.

Na mesma toada, o deputado Delegado Waldir (GO), líder do PSL, partido do presidente, afirmou que a base governista será construída pela equipe de articulação do Planalto, capitaneada pela Casa Civil, e pelo Major Vitor Hugo. Lembrou, ainda, que Bolsonaro se envolveu diretamente nas conversas e vem mantendo reuniões com bancadas partidárias sobre o tema, além das bancadas temáticas, que o apoiaram durante a campanha.

Lembrou, no entanto, que o esforço não é “suficiente” para a aprovação da reforma e que é necessária “pressão popular”, além da contribuição de governadores.

“O orçamento deles está quebrado. Essa reforma não é do governo Bolsonaro”, disse o líder do PSL.

Já o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, admitiu “que ninguém está feliz de ter que encaminhar esse projeto para cá, mas é algo importantíssimo para o nosso país”.

“Eu tenho certeza que o Congresso Nacional vai saber dar a resposta que a sociedade precisa sem cometer injustiça”, disse Flávio em seu perfil do Twitter.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília, e Eduardo Simões, em São Paulo)

Escrito por Thomson Reuters

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ROD STEWART E RONNIE WOOD VOLTAM A TOCAR JUNTOS NO GLASTONBURY 2025

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A apresentação acontece no tradicional "Legends Slot", no domingo, 29 de junho, no palco principal de Glastonbury, e marcará o reencontro musical entre dois ícones do rock britânico.

A volta dos velhos tempos: Faces no coração do repertório

Em recente entrevista ao podcast britânico That Peter Crouch Podcast, Stewart revelou que mantém contato frequente com Ronnie Wood, com quem compartilhou o palco no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, na banda de blues rock Faces, que também contava com o baterista Kenney Jones.

“Ainda converso com Ronnie o tempo todo. É um dos meus grandes amigos, e voltar a tocar com ele em Glastonbury será como reviver os velhos tempos”, disse o cantor.

Com essa declaração, os fãs podem esperar por clássicos como “Stay With Me” e “Ooh La La” na setlist — músicas marcadas pela parceria entre Stewart e Wood no auge da banda.

Rod Stewart no Glastonbury: show mais esperado da edição 2025

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O reencontro com Ronnie Wood torna essa performance ainda mais emblemática, colocando Glastonbury 2025 no radar de todos os amantes do rock. O festival acontece entre os dias 25 e 29 de junho, em Worthy Farm, Somerset, no Reino Unido.

Homenagem emocionante no American Music Awards 2025

Antes de seu retorno triunfal ao Glastonbury, Rod Stewart foi homenageado com o Lifetime Achievement Award no American Music Awards 2025, realizado em 26 de maio no Fontainebleau Las Vegas. A cerimônia foi marcada por um momento comovente quando cinco de seus filhos — Kimberly, Sean, Ruby, Renee e Liam — subiram ao palco (na foto acima) para entregar o prêmio ao pai, surpreendendo-o e emocionando o público presente.

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