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Relatório da Anistia diz que Israel cometeu genocídio contra palestinos em Gaza

Placeholder - loading - Ataque israelense em Deir Al-Balah, centro de Gaza  4/12/2024    REUTERS/Ramadan Abed
Ataque israelense em Deir Al-Balah, centro de Gaza 4/12/2024 REUTERS/Ramadan Abed
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Por Stephanie van den Berg

HAIA (Reuters) - A Anistia Internacional acusou o Estado de Israel de cometer genocídio contra os palestinos na guerra de Gaza em um relatório publicado nesta quinta-feira, uma alegação que Israel negou com irritação.

O grupo de direitos humanos com sede em Londres disse que chegou a essa conclusão após meses de análise de incidentes e declarações de autoridades israelenses. A Anistia afirmou que o limite legal para o crime foi atingido, em sua primeira determinação desse tipo durante um conflito armado ativo.

A Convenção sobre Genocídio de 1948, promulgada após o assassinato em massa de judeus no Holocausto nazista, define genocídio como 'atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso'.

Israel tem rejeitado repetidamente qualquer acusação de genocídio, afirmando que respeita o direito internacional e tem o direito de se defender após o ataque transfronteiriço do Hamas a partir de Gaza em 7 de outubro de 2023, que precipitou a guerra.

'A organização deplorável e fanática Anistia Internacional produziu mais uma vez um relatório fabricado que é totalmente falso e baseado em mentiras', escreveu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Oren Marmorstein, no X.

A própria unidade da Anistia em Israel se distanciou das conclusões de seu grupo matriz, dizendo que não havia participado da pesquisa e que não acreditava que Israel estivesse cometendo genocídio em Gaza.

No entanto, em uma longa declaração, ela afirmou que a matança e a destruição em Gaza haviam atingido 'níveis horríveis' e pediu uma investigação sobre possíveis crimes contra a humanidade.

Israel lançou sua guerra aérea e terrestre em Gaza depois que combatentes liderados pelo Hamas atacaram comunidades israelenses do outro lado da fronteira há 14 meses, matando 1.200 pessoas e levando mais de 250 reféns para Gaza, de acordo com os registros israelenses.

'O massacre genocida de 7 de outubro de 2023 foi realizado pela organização terrorista Hamas contra cidadãos israelenses', disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que a campanha militar de Israel desde então matou mais de 44.500 palestinos e feriu muitos outros.

Autoridades palestinas e da ONU dizem que não há mais áreas seguras em Gaza, um território litorâneo minúsculo, densamente povoado e com muitas construções. A maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada internamente, alguns até 10 vezes.

O relatório da Anistia foi publicado apenas duas semanas depois que o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-chefe de Defesa por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito de Gaza. Ambos negaram as alegações.

'NÃO HÁ DÚVIDA'

Ao apresentar o relatório aos jornalistas em Haia, a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnes Callamard, disse que a conclusão não foi tomada 'de forma leviana, política ou preferencial'.

Ela disse aos jornalistas após a apresentação: 'Há um genocídio sendo cometido. Não há dúvida, nenhuma dúvida em nossa mente após seis meses de pesquisa profunda e focada'.

A Anistia afirmou que concluiu que Israel e os militares israelenses cometeram pelo menos três dos cinco atos proibidos pela Convenção de Genocídio de 1948: assassinatos, causar danos físicos ou mentais graves e infligir deliberadamente condições de vida calculadas para provocar a destruição física de um grupo protegido.

Esses atos foram praticados com a intenção exigida pela convenção, de acordo com a Anistia, que disse ter analisado mais de 100 declarações de autoridades israelenses.

Os militares israelenses acusam o Hamas de plantar militantes em bairros populosos para obter cobertura operacional, o que o Hamas nega, enquanto acusa Israel de ataques indiscriminados.

Callamard disse que a Anistia não se propôs a provar o genocídio, mas depois de analisar as evidências e as declarações coletivamente, ela disse que a única conclusão era que 'Israel tem a intenção de cometer genocídio'.

Ela acrescentou: 'A afirmação de que a guerra de Israel em Gaza tem como objetivo apenas desmantelar o Hamas e não destruir fisicamente os palestinos como um grupo nacional e étnico, essa afirmação simplesmente não resiste a um exame minucioso'.

A Anistia pediu ao procurador do TPI que investigue o suposto genocídio. O escritório do procurador disse em um comunicado que está dando continuidade às investigações sobre os supostos crimes cometidos nos territórios palestinos e não pode fornecer mais comentários.

(Reportagem de Stephanie van den Berg, reportagem adicional de Crispian Balmer em Jerusalém)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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