Relatório diz que doenças crônicas dos millennials pode interferir na economia
Depressão e hipertensão foram apontadas pelos especialistas.
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Mais millennials nos Estados Unidos sofrem de problemas crônicos de saúde. Segundo reportagem da revista TIME, isso pode restringir o potencial econômico de toda uma geração de jovens adultos.
Um aumento em condições como depressão, hipertensão e colesterol alto entre os jovens pode aumentar os custos com assistência médica e diminuir a renda nos próximos anos, de acordo com um relatório divulgado na quarta-feira pela Associação Blue Cross Blue Shield, uma federação de 36 empresas independentes que, juntas, fornecem cobertura para 1 em cada 3 americanos.
Entre 2014 e 2017, as taxas de depressão entre os millennials aumentaram 31%, enquanto a hiperatividade aumentou 29% e a hipertensão aumentou 16%, segundo o relatório. O colesterol alto e o distúrbio do uso de tabaco também aumentaram.
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Sem mudanças, os efeitos dessas tendências podem mudar o jogo para os EUA e sua economia, alertou o relatório. Custos com assistência médica no país já estão em alta e subindo, a caminho de compor quase 20% do produto interno bruto nos próximos anos.
É provável que uma economia difícil tenha desempenhado um papel importante na saúde dessa geração, desde que o grupo entrou no mercado de trabalho no meio da crise financeira de 2008 e está enfrentando cargas pesadas de dívidas de estudantes, disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, que chamou considerou isso um ciclo vicioso que precisa ser interrompido.
Maior geração
Os millennials nasceram entre 1981 e 1996, o que significa que os integrantes mais velhos dessa geração completaram 38 anos este ano. Ela é conhecida por seu conhecimento tecnológico, geralmente altos níveis de educação e diversidade demográfica. Existem aproximadamente 73 milhões de millennials nos EUA e, este ano, eles devem se tornar a mais numerosa geração à medida que mais baby boomers morrem, de acordo com o Pew Research Center.
O novo relatório previu que os níveis mais baixos de saúde da geração poderiam eventualmente custar aos millennials mais antigos mais de US$ 4.500 em renda anual.
No pior cenário, os custos de assistência médica podem subir 33% em comparação com a geração anterior, de acordo com o relatório. Se nada mudar, as tendências atuais também podem indicar um aumento de mais de 40% nas taxas de mortalidade entre os millennials em comparação com a geração X, o grupo nascido entre millennials e baby boomers, segundo o relatório.
Uma análise anterior da Associação Blue Cross Blue Shield em abril focou na crescente prevalência das 10 condições mais comuns entre os millennials, uma lista que incluía hiperatividade e diabetes, constatando que elas eram mais frequentes entre os millennials do que a geração anterior.
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