Resultado de eleição presidencial da Nigéria é contestado na Suprema Corte
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Por Camillus Eboh
ABUJA (Reuters) - Os dois principais líderes da oposição da Nigéria entraram nesta terça-feira com pedidos de recursos separados na Suprema Corte do país contestando uma decisão judicial que confirmou, no início deste mês, a vitória do presidente Bola Tinubu em uma disputada eleição em fevereiro.
Nenhuma contestação legal ao resultado de uma eleição presidencial foi bem-sucedida na Nigéria, que regressou à democracia em 1999, após três décadas de regime militar quase ininterrupto e com um histórico de fraude eleitoral.
Atiku, do Partido Democrático Popular que ficou em segundo lugar nas eleições, disse em um processo judicial que o tribunal cometeu um erro de direito 'quando não anulou a eleição presidencial... com base no não cumprimento' da lei eleitoral.
Peter Obi, do Partido Trabalhista, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, também apresentou seu recurso, disse um porta-voz de sua campanha à Reuters.
Os dois tinham até quarta-feira para contestar a decisão do tribunal, emitida em 6 de setembro. A Suprema Corte, instância mais alta da Justiça da Nigéria, tem 60 dias para decidir sobre os recursos.
Um tribunal de cinco membros rejeitou a contestação de Atiku, e Obi, que pedia ao tribunal que cancelasse a eleição, alegando irregularidades.
Tinubu, que participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York, defendeu a sua vitória, dizendo que venceu de forma justa.
(Reportagem de Camillus Eboh)
Escrito por Reuters
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