Rodrigo Maia é reeleito presidente da Câmara dos Deputados
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Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) conseguiu liquidar a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados no primeiro turno e, com 334 votos, elegeu-se presidente da Casa pelos próximos dois anos.
Sob a bandeira do diálogo e da defesa das reformas, Maia conseguiu reunir em torno de sua candidatura blocos, que, somados, ultrapassavam a marca de 400 deputados.
Para ser eleito no primeiro turno, um candidato precisava do voto de pelo menos 257 dos 513 deputados.
O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que lançou candidatura avulsa ao comando da Casa apesar de seu partido estar no bloco de apoio a Maia, ficou com a segunda colocação com 66 votos. Marcelo Freixo (PSOL-RJ), de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi o terceiro mais votado, com 50 votos, enquanto JHC (PSB-AL) teve 30 votos e Marcelo Van Hattem (Novo) recebeu 23. Ricardo Barros (PP-PR) somou 4 votos e General Peternelli (PSL-SP) teve 2.
Maia chega ao comando da Câmara pela terceira vez seguida, depois de ser eleito pela primeira vez após a renúncia de Eduardo Cunha (MDB-RJ) à presidência da Câmara.
Em discurso antes da eleição desta sexta, Maia defendeu a necessidade de aprovação de reformas e prometeu que estará aberto ao diálogo com cada um dos deputados.
“As reformas não são simples, mas elas são necessárias”, defendeu Maia, acrescentando ter visitado “quase todos” os Estados do país e ter ouvido relatos de governantes, de todas as vertentes partidárias, queixas sobre a fragilidade das contas públicas.
“A presidência da Câmara precisa de um presidente que tenha experiência que tenha equilíbrio, mas principalmente que garanta o diálogo”, disse.
Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia, de 48 anos, começou cedo na política, seguindo os passos do pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia. É tido por colegas como um parlamentar com pontes na Casa, habilidoso nas negociações e aberto ao diálogo.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por Thomson Reuters
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