Rubio diz que reunião de enviado dos EUA com Hamas foi situação pontual
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Por Daphne Psaledakis
JEDDAH (Reuters) - A reunião direta do enviado especial do presidente Donald Trump para reféns, Adam Boehler, com o grupo militante palestino Hamas sobre a libertação de reféns em Gaza foi uma 'situação pontual' e até agora 'não deram frutos', disse o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, nesta segunda-feira.
'Essa foi uma situação pontual em que nosso enviado especial para reféns, cujo trabalho é libertar as pessoas, teve uma oportunidade de falar diretamente com alguém que tem controle sobre essas pessoas e recebeu permissão e incentivo para fazê-lo. Ele o fez', disse Rubio aos repórteres a caminho da Arábia Saudita.
'Até o momento, isso não deu frutos. Isso não significa que ele estava errado em tentar, mas nosso principal meio para negociações nessa frente continuará sendo o sr. Witkoff e o trabalho que ele está fazendo por meio do Catar', disse Rubio, em referência ao enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
As discussões entre Boehler e o Hamas romperam com uma política de décadas de Washington contra a negociação com grupos que os EUA classificam como organizações terroristas.
Uma autoridade sênior do Hamas disse à Reuters no domingo que as discussões entre os líderes do Hamas e Boehler nos últimos dias se concentraram na libertação de um americano-israelense com dupla nacionalidade detido pelo grupo militante em Gaza.
Boehler disse à CNN no domingo que as conversas foram 'muito úteis' e, em uma entrevista ao canal de TV israelense N12, ele disse que o governo Trump estava focado em libertar todos os 59 reféns restantes e acabar com a guerra.
Witkoff disse a repórteres na Casa Branca na semana passada que conseguir a libertação de Edan Alexander, um jovem de 21 anos de Nova Jersey que se acredita ser o último refém norte-americano vivo mantido pelo Hamas em Gaza, era uma 'prioridade máxima para nós'.
O grupo militante islâmico realizou um ataque transfronteiriço ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando uma ofensiva israelense na Faixa de Gaza que matou mais de 48.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.
Os militantes do Hamas mataram 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns, de acordo com os registros israelenses.
(Reportagem de Daphne Psaledakis)
Escrito por Reuters