Rússia aborta lançamento do foguete espacial Angara-A5 pela segunda vez
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MOSCOU (Reuters) - A Rússia abortou nesta quarta-feira o lançamento de teste de seu foguete espacial Angara-A5 devido a um mau funcionamento do sistema de controle de lançamento do motor, a segunda vez em dois dias que a decolagem do foguete foi cancelada no último minuto.
O lançamento do Angara deveria mostrar as ambições espaciais pós-soviéticas da Rússia e a crescente influência do Cosmódromo de Vostochny, localizado nas florestas da região de Amur, no Extremo Oriente da Rússia.
Mas, quando o relógio de contagem regressiva chegou a zero para o lançamento programado, não havia sinal de ignição. Segundos depois, um anúncio soou nos alto-falantes dizendo que havia sido dada uma ordem para abortar.
Uma tentativa de lançamento no dia anterior também havia sido abortada devido a um problema técnico no sistema de pressurização do tanque de oxidante.
O chefe espacial da Rússia, Yuri Borisov, disse que uma terceira tentativa de lançamento seria agendada para quinta-feira. Ele minimizou a importância dos lançamentos abortados, dizendo que o objetivo dos voos de teste era identificar problemas que, segundo ele, não são incomuns nesse estágio de desenvolvimento.
'Surgiu um novo problema técnico, relacionado, de acordo com os resultados de uma análise preliminar da telemetria, a um mau funcionamento do sistema de controle de partida do motor', disse Borisov.
'Muito provavelmente, trata-se de um erro de software, que certamente será encontrado hoje', afirmou.
O presidente Vladimir Putin tem grandes ambições para o programa espacial da Rússia, incluindo a construção planejada de uma nova estação espacial russa até 2027, e descreveu o projeto Angara como de grande importância para a segurança nacional.
O veículo de lançamento Angara é capaz de transportar cargas úteis maiores que 20 toneladas para a órbita.
O contratempo ocorre após o fracasso de uma missão lunar russa em agosto passado, a primeira em 47 anos, quando a espaçonave colidiu com a Lua.
(Reportagem da Reuters)
Escrito por Reuters
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